sexta-feira, 12 de junho de 2009

WRC - Rali da Acropole (Dia 1)

O Rali da Acrópole teve hoje o seu começo, mais um rali de terra onde os pneus e as suspensões são as que aguentam mais o esforço pedido pelos seus pilotos. Denominador comum a todos os pilotos foi a questão dos pneus, já que combinando os pisos tremendamente duros com as temperaturas muito elevadas que se fazem sentir nesta altura no centro da Grécia, fizeram com que diversos carros tenham chegado ao final das especiais com os pneus totalmente destruídos, sendo que, nalguns casos, mesmo sem pneu. Mas neste primeiro dia deste rali, o que mais se sobressaiu em termos de classificação foi... a tática.


Os Ford dominaram o primkeiro dia do rali, com Jari-Matti Latvala, o recente vencedor do Rali da Sardenha, a dominar as operações, mas no derradeiro troço, o finlandês perde três minutos e meio com uma saída de estrada, e necessitando da ajuda do público para regressar ao trilho certo. Com esta "brincadeira", Latvala caiu agora para o 11º posto da geral, e no final da especial, Latvala assumiu as culpas, justificando que "é necessário atacar se se quer vencer. Não se pode fazer nada se se andar devagar".



Assim, a liderança foi para o seu companheiro Mikko Hirvonen, que tem nos seus calcanhares o espanhol Daniel Sordo, da Citroen, que surpreendentemente, está à frente do seu "patrão", o francês Sebastien Löeb. Mas aqui é a tática que entrou em acção: os pilotos da Citroën optaram por abrandar o ritmo para não terem de 'abrir' a estrada amanhã. O piloto francês está a 21.1 segundos de Hirvonen, e espera que o facto de ele abrir a estrada amanhã o irá beneficiar...



Mais atrás, Petter Solberg teve um problema com a direcção logo na manhã o ter feito perder cerca de 50 segundos. Isso fez com que partisse para o ataque na parte da tarde, recuperando o seu Citroen Xsara WRC até ao quarto posto, encontrando-se agora a 41.8 segundos de Hirvonen e à frente do seu irmão, Henning Solberg, que é quinto.



Na categoria de Produção, Armindo Araujo era um dos favoritos a chegar ao fim nos lugares cimeiros, mas o primeiro dia de estrada, depois de ter ganho a Super-Especial na sua categoria, iria ser um pouco mais difícil, devido ao facto de boa parte dos troços serem mais favoráveis aos S2000 do que ao Mitsubishi Lancer Evo X do piloto de Santo Tirso.



Após as etapas de hoje, os quatro primeiros estão muito juntos: o grego Lambros Athanassoulas é o lider, no seu Skoda Fabia S2000, seguido por Patrik Sandell, noutro Skoda Fabia S2000 e o Subaru Impreza do qatari Nasser Al Attiyah. Armindo Araujo é quarto, mas está apenas a 18,3 segundos do lider. E ele está muito confiante para amanhã:

Foi um dia bom para nós. Começámos bem, mas depois os adversários conseguiram tirar partido da configuração das especiais, algumas mais favoráveis aos S2000 e passaram para a frente, sobretudo o (Lambros) Athanassoulas, que tem a vantagem de dispor de um carro competitivo e de conhecer muito bem as especiais. Na luta pelo título estou a apenas 10 segundos do (Patrik) Sandell e a cinco do Nasser (Al-Attiyah), sendo que amanhã parto na posição ideal para controlar o ritmo da corrida”, explicou o tirsense.



O dia de amanhã prevê-se ainda mais difícil. “De facto, amanhã vamos fazer três especiais por duas vezes, algo que hoje não sucedeu pois só repetimos um troço, o que vai ser muito demolidor para as mecânicas, uma vez que o piso vai estar muito deteriorado. Contudo, o Mitsubishi Lancer Evo IX tem estado com um excelente comportamento, aquecendo apenas um pouco nas zonas mais altas e devido ao muito calor que se faz sentir. Amanhã penso que os troços poderão ser mais ao estilo do nosso carro e espero que possamos ganhar lugares”, concluiu Armindo Araújo. Quanto ao outro piloto portugu~es do PWRC, Bernardo Sousa, é sétimo no seu Fiat Punto Abarth S2000.

A segunda etapa do Rali da Acrópole terá amanhã um total de 135.36 quilómetros cronometrados, divididos por três especiais percorridas por duas vezes.

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