Rubens Barrichello passou hoje por Lisboa e alertou para o risco do momento que a Fórmula 1 vive por causa das alterações nos regulamentos da Federação Internacional do Automóvel (FIA) para 2010. "A Fórmula 1 está a passar por um momento de risco sério e não acho que seja bonito", disse o piloto da BrawnGP ao jornal desportivo Record, no Aeroporto da Portela, quando estava em trânsito para o Brasil.
Barrichello falou ainda que "os pilotos estão a favor de uma regra clara que seja boa para todos", sem deixar de criticar a FIA. "Essa ideia da FIA impor dois tipos de campeonatos num só não é favorável para a Fórmula 1", esclareceu. Quanto à hipótese de um boicote dos pilotos, recusa a ideia. "O que está a ser melhor organizado para o futuro da Fórmula 1 está a ser melhor conseguido pela FOTA do que pela FIA", acentuou.
Em relação ao corte de custos que a FIA quer impôr em 2010, com um tecto salarial de 40 milhões de euros, Barrichello discorda profundamente da ideia: "Não pode haver uma imposição. Concordo que haja um limite, mas uma equipa que hoje tem um orçamento em torno dos 200/150 milhões de dólares, é inaceitável reduzir para 40", pois, assinalou, "muitas pessoas perderão o emprego e muitas coisas da Fórmula 1 não poderão continuar".
Para finalizar, falou sobre as equipas que se falam que poderão entrar em 2010, nomeadamente a Prodrive, Lola e Epsilon. "É difícil saber o que existe realmente. Afinal de contas, a Fórmula 1 é um mundo movido a muito poder, a muito dinheiro", afirmou o veterano brasileiro 37 anos, e que com 276 Grandes Prémios, é o piloto com mais corridas no actual campeonato.
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