quarta-feira, 21 de julho de 2010

GP Memória - Grã-Bretanha 1985

Após o GP de França, que resultou numa muito necessitada vitória para Nelson Piquet e a Brabham (e a Pirelli), máquinas e pilotos rumaram para a veloz pista de Silverstone, palco do GP da Grã-Bretanha, a oitava ronda do Mundial de 1985. Sem alterações no pelotão, os grandes rumores na semana eram as possiveis retiradas de competição das equipas oficiais da Renault e Alfa Romeo, que estavam a ter desempenhos muito abaixo do esperado naquela época.

Nos treinos, o melhor foi Keke Rosberg, no seu Williams-Honda Turbo, que estreava aqui a sua mais recente evolução. O desempenho foi tão bom que o finlandês conseguiu o tempo canhão de 1.05,591 segundos, a média de volta mais alta de sempre durante 18 anos: 257,408 km/hora. E não fora uma volta perfeita, pois mesmo no final, quando abordava a curva Woodcote, começava a sofrer um furo lento no pneu frente-esquerdo. "O carro simplesmente não virava", declarara Rosberg mais tarde. “Por isso eu saí do traçado ideal. Aquilo me pegou completamente de surpresa. Só depois de um tempo que eu descobri que tinha um pequeno furo no pneu esquerdo dianteiro. Quando eles checaram, viram que a pressão tinhah caído 12 libras, e 10 minutos mais tarde estava completamente vazio.”. Uma pole-position de sorte.

Ao seu lado tinha o Brabham-BMW de Nelson Piquet, que aproveitava a ocasião para fazer uma boa qualificação. Na segunda fila estavam o McLaren-TAG Porsche de Alain Prost e o Lotus-Renault de Ayrton Senna, enquanto que Nigel Mansell era quinto no segundo Williams-Honda. Michele Alboreto ficava com o sexto posto da grelha e logo atrás estavam os seus compatriotas Andrea de Cesaris, no Ligier-Renault, Elio de Angelis, no Lotus-Renault, e o Toleman-Hart de Teo Fabi A fechar o "top-ten" estava o segundo McLaren-TAG Porsche de Niki Lauda.

Na partida, Senna faz um arranque tremendo do quarto lugar da grelha e consegue chegar à liderança. Mais atrás, Patrick Tambay perde o controle do seu Renault e envolve-se numa carambola com o Ferrari de Stefan Johansson, o RAM-Hart de Philippe Alliot e o Osella-Alfa Romeo de Piercarlo Ghinzani. Os quatro pilotos desistem na hora.

Nas voltas seguintes, Senna tentava resistir aos ataques de Rosberg e a afastar-se do resto do pelotão, enquanto que Andrea de Cesaris está numa corrida em força, passando aos poucos os carros de Rosberg e Prost, ficando com o segundo posto e indo atrás do piloto brasileiro. Contudo, Prost reage e apanha primeiro o italiano da Ligier e logo a seguir, vai à caça de Rosberg, que o apanha algum tempo mais tarde, antes deste desistir na volta 17, vítima de uma falha no seu turbocompressor.

Com isto, Prost vai à busca de Senna, com De Cesaris em terceiro e pressionado por Lauda. O ritmo tinha sido tão elevado nos carros da frente que a meio da corrida quase todos os carros tinham sido dobrados pelos dois pilotos da frente até aos carros de Piquet e Alboreto, na altura respectivamente quinto e sexto classificados. Contudo, a partir da volta 57, o motor Renault de Senna começa a comportar-se de modo estranho e Prost ultrapassa-o, ficando com a liderança da corrida. Senna reage, recuperando o primeiro lugar, mas na volta 60, Senna encosta às boxes, devido a uma avaria no sistema eletrónico de alimentação de combustivel.

No final ainda tempo para um erro dos comissários, tirando uma volta à corrida, acabando-a na volta 65 em vez de ser na volta 66 como estava previsto. Mas isso não alterou a situação, já que Alain Prost foi o vencedor, seguido pelo Ferrari de Michele Alboreto, a uma volta do piloto francês, e pelo Ligier de Jacques Laffite, que do 16º posto da grelha, conseguia o seu primeiro pódio desde 1982. Nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Brabham-BMW de Nelson Piquet, o Renault de Derek Warwick e o segundo Brabham-BMW do suiço Marc Surer.

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