Vinte e quatro horas depois do acidente, as novidades sobre a situação do desafortunado piloto polaco são mistas. Vamos primeiro às boas noticias, se preferirem. O médico Igor Rossello, que operou a mão dele, disse que após as mais de sete horas de operação que durou para o salvar, os primeiros sinais são encorajadores:
"A noite foi calma, o paciente está estável. A mão parece responder bem a estímulos e a função vascular parece reestabelecida. É ainda muito cedo para sabermos se a cirurgia correu bem e, como eu disse ontem, precisaremos entre cinco a sete dias para termos certeza se a circulação de sangue no membro (mão) está ok, e muito mais tempo para avaliarmos sua funcionalidade. Foi uma operação difícil mas o resultado final foi extremamente satisfatório.", disse, em declarações à imprensa, captadas pelo blog Formula UK.
Apesar destes primeiros sinais, Rossello e a equipa que o operou mantêm-se cautelosa. Ainda precisam de cinco a sete dias para saber se a mão não ficou irremediavelmente afetada pelo acidente, e ainda por cima, isto não é o fim. Kubica tem também várias fraturas no seu lado direito, e as que que sofreu no braço e ombro foram também graves, porque afetaram tendões e vasos sanguíneos. A mão era a prioridade devido ao fato do membro ter ficado parcialmente decepado no acidente.
Já o seu empresário, Daniel Morelli, explicou que o piloto tem consciência da gravidade do seu acidente. "A sua atividade cerebral está intacta e estamos realmente aliviados. Dá-nos esperança. Sente muitas dores na perna e na mão. Vai precisar de tempo", disse.
Entretanto, Eric Boullier, o diretor desportivo da Renault, falou sobre a situação de Kubica e os cenários que se colocam num futuro próximo. "Quando acontece um acidente como o do Robert, os médicos colocam sempre o pior cenário. Definitivamente, vai estar fora dos circuitos durante dois meses, mas estará recuperado em menos de um ano. Contudo, ainda é cedo para saber qual o período exacto de recuperação", afirmou em declarações à BBC.
Em relação às criticas que se começam a ouvir pelo fato da Renault não o ter proibido de correr em ralis, disse: "Ele adora ralis. Sabíamos os riscos que corria, mas não queremos um robot ou um simples funcionário, queremos um piloto", argumentou.
O risco ainda existe, mas os primeiros sinais são encorajadores. Resta saber, primeiro que tudo, se a sua mão será salva. Caso o resultado seja positivo, partir para a sua longa convalescença, que todos queremos que seja a mais completa possível. Mas vai ser dura e testará a paciência de toda a gente.
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