terça-feira, 22 de maio de 2012

O regresso de Briatore e o "bluff" de uma série paralela

A noticia surgiu no final de semana e por aquilo que já li, cheguei à conclusão que ainda não se deve levar a sério. Contudo, leiam isto na mesma. Segundo a revista alemã "Auto Motor und Sport", Flávio Briatore, antigo patrão da Renault, expulso da Formula 1 depois do "Crashgate" de Singapura, em 2008, poderá estar a preparar o regresso à ribalta sendo o patrão de uma série chamada "GP1", uma espécie alternativa de Formula 1, caso a FIA não concorde com os termos acordados com o novo Acordo de Concórdia, que caso seja aprovado, estará em vigor a partir de 2013.

A ideia que fica é que parece ser um "plano B" do qual algumas pessoas estão a fazer caso as negociações sobre um novo Acordo da Concórdia corram mal. Falta mais de meio ano para que a validade deste Acordo chegue ao fim, mas não é de mau tom que se comece a discutir uma nova distribuição dos dinheiros da Formula 1, mas parece que as equipas querem uma percentagem maior, contra um Bernie Ecclestone que nunca abdicara da sua parte, pelo menos enquanto ele for vivo.

Joe Saward, que foi onde li esta sugestão pela primeira vez, afirma que esses regulamentos da tal de GP1 "é como entregar as chaves do banco a Bonnie & Clyde". Ou como dizemos por estas bandas, colocar a raposa no galinheiro. Mas a ideia que fica é que, ao contrário do que Bernie Ecclestone afirmava alto e bom som no inicio do ano, é que o novo Acordo de Concórdia pode estar longe de estar negociado ou assinado. Sabe-se das divergências da Mercedes sobre a sua parte do acordo, sabe-se sobre a possivel colocação da empresa "Formula 1" na Bolsa de Singapura (interessante: porque não Londres, Paris ou Nova Iorque?) e também por causa das tensões existentes entre Jean Todt e Bernie Ecclestone.

Mas também há outro assunto que apareceu nos últimos dias: controle de custos. Muitas equipas começam a discutir tal ideia, que parece ter alguma recepção em muitas equipas, especialmente as do meio do pelotão, que poderia dar algum equilibrio, ou pelo menos, não faria com que a diferença para uma Red Bull, McLaren ou Ferrari fosse tão gritante, como acontece por vezes. A ideia que exista um tecto máximo em termos de orçamento, fora assuntos como o salário dos pilotos, por exemplo.

E também há outra coisa que a FIA estaria de bom grado receptiva, que é o controlo de custos nas categorias de base, como na Formula 2. É que competições como GP2 e GP3 são simplesmente um sorvedouro de dinheiro, regido em chassis monomarca e monomotor, com um monopólio de peças. E claro, os custos são proíbitivos. E o exemplo disso é que os pilotos da GP2 nesta temporada gastaram cerca de 1,5 milhões de euros para correr por lá, e os de GP3 estão a desembolsar perto de 600 mil euros para uma temporada inteira. A World Series by Renault vale um milhão para um lugar e a Formula 2 custa pouco mais de metade disso, 320 mil euros.

Em jeito de conclusão, parece que, ao contrário do que se vê, parece que existem tensões entre as partes em conjunto sobre a negociação do Pacto de Concórdia. Nada que não se saiba ou se conheça de cada  vez que se negoceia a sua renovação, não é?

Eis um bom tema de conversa para o verão europeu. Que promete ser longo e quente. 

1 comentário:

Ron Groo disse...

eu não duvido de mais nada... de mais nada.