O segundo dia do Rali da Nova Zelândia foi essencialmente marcado pela luta entre os dois primeiros, Sebastien Löeb e Mikko Hirvonen, ambos pilotos da Citroen, que lutaram pela primeira posição ao longo do dia, distanciando-se grandemente da concorrência, reduzindo as hipóteses de vitória aos dois pilotos.
“Tivemos uma boa batalha com o Mikko hoje. Foi uma tarde difícil, muito escorregadia, além de eu não gostar do troço de Girls High School. É bastante técnico e perdi cerca de oito segundos ali de manhã. É interessante ter uma batalha com o Mikko e amanhã vou forçar para o manter atrás de mim”, referiu Löeb no final do dia.
Pouco depois, a Citroen ordenou aos seus pilotos para que mantivessem as posições até ao final do rali, o que significava que Sebastian Löeb, caso não tenha qualquer problema ou despiste, é o vencedor deste rali.
“Disse-lhes para se manterem como estão agora. Não faz sentido para eles continuarem a lutar amanhã”, começou por afirmar Yves Matton, diretor da equipa Citroën Racing, acrescentando que o facto de Hirvonen estar ‘curto’ em pneus macios para o último dia ajudou a tomar esta decisão.
“O Sébastien tem alguns pneus [macios] para amanhã, mas o Mikko não e com esta situação uma hipótese de luta poderia ficar ainda mais complicada, pelo que é prudente que parem [de lutar pela vitória]. Falei com o Mikko e ele compreende, sendo que na verdade, ele chegou à mesma conclusão que eu acerca desta situação”, acrescentou.
Atrás, no terceiro lugar, está Petter Solberg, que após ter passado o russo Evgueny Novikov, afastou-se e consolidou o lugar mais baixo do pódio, sem contudo poder apanhar os pilotos da frente. Quinto classificado é o estónio Ott Tanak, também em Ford, que tem atrás de si o Citroen de Thierry Neuville e o Mini de Dani Sordo, não muito longe entre si. Jari-Matti Latvala está a tentar recuperar o tempo perdido, mas é um distante oitavo, a mais de quatro minutos do líder.
Quanto a Armindo Araujo, o seu dia foi complicado, devido a problemas num dos seus amortecedores. Apesar de saber que dificilmente iria resistir aos ataques de Jari-Matti Latvala, teve de se preocupar em minimizar as perdas perante o Ford Fiesta do americano Ken Block, que estava atrás de si, no décimo posto.
“Começamos a ouvir um barulho estranho logo na primeira especial do dia e senti que a traseira estava demasiado solta. Durante a manhã o barulho foi aumentando de intensidade e aí percebemos que uma peça do suporte do amortecedor tinha cedido. Não podíamos trocar essa peça na assistência remota e por isso tivemos de fazer todas as especiais assim”, explicou, na chegada a Auckland, o piloto do Mini.
“Atacamos forte na segunda metade e corremos o risco de o problema se agravar e desistir mas, só assim, conseguiríamos minimizar as perdas para o Ken Block. Sabíamos também à partida para o dia de hoje que seria difícil segurar o Latvala atrás de nós e estamos satisfeitos por termos conseguido manter uma posição dentro dos dez primeiros que é o nosso objetivo”, disse ainda o piloto de Santo Tirso.
O Rali da Nova Zelândia termina na próxima madrugada.
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