Duas semanas depois de terem corrido em Spa-Francochamps, a Formula 1 estava a caminho de paragens francesas para correr por lá o Grande Prémio, mas ao contrário dos anos anteriores, onde corriam em pistas como Rouen ou Reims, desta vez iriam correr na pista de Le Mans. Não no La Sarthe, que tinha treze quilómetros de extensão, mas sim no Bugatti, uma pequena pista de pouco mais de 4400 metros. Os pilotos acharam-na aborrecida por ser demasiado sinuosa e os espectadores estarem demasiado afastados da ação, devido ás bancadas existentes por aquelas bandas.
Assim sendo, o pelotão da Formula 1 estava ainda mais pequeno do que o habitual. Jim Clark e Graham Hill eram os representantes da Lotus, com Jackie Stewart e Mike Spence a correr pela BRM oficial, com Chris Irwin a correr pela Reg Parnell Racing. A Ferrari corria apenas com um carro, para Chris Amon, sem substituto nem para Mike Parkes, que tinha ficado lesionado em Spa, nem para Ludovico Scarfiotti, que tinha abandonado a equipa pouco tempo depois. A Eagle, de Dan Gurney, fornecia outro carro para Bruce McLaren, já que este estava a construir outro chassis e enquanto este não ficava pronto, corria com outro chassis.
A Cooper era a equipa que tinha mais carros: quatro. Dois oficiais, para Jochen Rindt e Pedro Rodriguez, e dois privados para Guy Ligier e Jo Siffert, pela Rob Walker Racing. A Brabham corria com três carros, os oficiais de Jack Brabham e Dennis Hulme, e o carro de Bob Anderson. A Honda, de John Surtees, primava-se pela ausência, já que estava a preparar o novo chassis.
Na qualificação, Hill levou a melhor sobre Jack Brabham e fez a pole-position. Dan Gurney foi o terceiro, seguido por Jim Clark e pelo segundo Eagle de Bruce McLaren. Dennis Hulme foi o sexto, seguido pelo Ferrari de Amon, o Cooper de Rindt e a fechar o "top ten", os BRM de Irwin e Stewart.
No dia da corrida, apenas vinte mil pessoas estavam a assistir, sinal do pouco entusiasmo que havia por aquela pista, e pelas bancadas limitadas. Na partida, Hill aguentou os ataques de Gurney e ficou com a liderança. Contudo, Brabham partiu ao ataque e em pouco mais de duas voltas passou Gurney e Hill para ficar com o comando. lgumas voltas depois, Clark passou o Eagle do americano e ficou com o terceiro posto, fazendo com que os dois Lotus fossem atrás de Brabham. Mas o escocês continuou a pressionar os dois da frente e no inicio da sexta volta, já era o comandante da corrida, conseguindo passar o australiano.
Pouco depois, Hill aumentou o ritmo e conseguiu ultrapassar Brabham e foi atrás de Clark, um esforço recompensado na 11ª volta, quando passou o escocês e ficou com a liderança da corrida. Mas isso foi sol de pouca dura, quando o seu Lotus começou a ter problemas com a transmissão e acabou por abandonar a corrida na volta 13. Clark herdou o comando, com Brabham atrás, mas o mesmo problema afetou o escocês na volta 20, fazendo com que a corrida para os lados de Colin Chapman acabasse demasiado cedo.
Assim sendo, Brabham herda o comando, com Gurney, Amon e Hulme atrás. Contudo, algumas voltas depois, Hulme passa o seu compatriota e fica com o terceiro posto, e as cisas se mantêm atéw a meio da corrida. Na volta 40, o Eagle de Gurney sofre um problema com a sua bomba de combustivel e acaba por desistir, fazendo com que a Brabham ficasse com os dois primeiros lugares. Sete voltas depois, Amon desiste devido a problemas com o seu acelerador, e o terceiro lugar fica nas mãos do Cooper de Pedro Rodriguez. Mas pouco tempo depois, o mexicano tem de parar devido a problemas com a sua bomba de combustivel, e o lugar é herdado por Jackie Stewart, no seu BRM.
As coisas não iriam mudar muito até à volta final, com Brabham e Hulme a cortar a meta, fazendo dobradinha. Para o australiano, era a sua primeira vitória do ano, e a primeira dobradinha da temporada. Jackie stewart ficou com o lugar mais baixo do pódio, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Cooper de Jo Siffert, o BRM de Chris Irwin e o Cooper de Pedro Rodriguez.
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