Quando na passada quinta-feira falei de Rolf Stommelen, deixei de lado um episódio importante da sua carreira, que foi o GP de Espanha de 1975, decorrido no circuito de Montjuich, no meio da cidade de Barcelona. Nessa altura, o GP de Espanha alternava entre Madrid, com o autódromo de Jarama, e Barcelona, onde estava um veloz circuito urbano, situado na parte alta da segunda maior cidade de Espanha. Veloz... e perigoso.
Em 1975, Stommelen estava na recém-formada equipa Hill, a marca formada pelo veterano Graham Hill. Depois de duas temporadas a guiar com chassis como Shadow e Lola, em 1975, ele decidiu construir o seu próprio carro. Já estava prestes a largar o volante e ser o diretor de equipa, e decidira contratar Stommelen como segundo piloto. Ele tinha feito um bom resultado na Africa do Sul, ficando à porta dos pontos, na sétima posição, mas em Montjuich, era o sitio onde ele tinha o GH1 nas suas mãos.
Stommelen até conseguiu uma boa posição, sendo o nono na grelha, e à medida em que sobrevivia aos acidentes nas primeiras curvas, ele subia na classificação. Era quarto no final da primeira volta, e quando Mário Andretti desistiu, na volta 16, assumiu a liderança, sendo logo assediado pelo Brabham de José Carlos Pace. Nessa altura, o GH1, apesar de ser um chassis de aluminio, já tinha elementos de fibra de carbono, entre os quais a asa traseira, bem como o seu apoio. Na volta 26, a asa quebrou, e Stommelen bateu numa zona de barreiras com tal impacto, que ricocheteou para o outro lado, saindo e matando cinco pessoas. o piloto ficou gravemente ferido na perna, pulso e costelas.
Pace foi envolvido no acidente, e a corrida acabou na volta 29, dando a vitória a Jochen Mass, com todos os pilotos a receber metade dos pontos, incluindo a sexta classificada, a italiana Lella Lombardi. A primeira e unica mulher a conseguir isso.
Tudo isto aconteceu há precisamente 40 anos.
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