Aos 23 anos de idade, Roberto Merhi vive o sonho da Formula 1, embora este aconteça na pior equipa do pelotão, a Manor-Marussia. Contudo, esse sonho não é fácil, pois para além de ser mais lento do que Will Stevens, em média cerca de um segundo, ele não tem a certeza se continuará na equipa após o GP de Espanha. Numa entrevista ao jornal espanhol "El Confidencial", ele afirma essa incerteza: "Não tenho nenhuma ideia sobre o meu futuro depois do GP da Espanha. Até agora, eu sou o titular, mas vamos ver o que vai acontecer a seguir", afirmou.
Por causa disso, Merhi precaveu-se e está nesta temporada na World Series by Renault, depois de ter sido vice-campeão na temporada passada, batido apenas por Carlos Sainz Jr, agora piloto da Toro Rosso. Mas neste fim de semana, em Aragon, apenas conseguiu um nono lugar numa das corridas do fim de semana, desistindo na outra.
Merhi também falou que há diferença de performances entre um e outro: "Os carros estão completos, mas com algumas peças ainda do ano passado e talvez o meu carro esteja perdendo algo na comparação com o outro". E sobre a Formula 1 em si, admitiu que ficou surpreso com alguns dos seus aspectos. "Há muita diferença entre os motores, downforce, tração. Você perde muito tempo na corrida, até mesmo nos treinos, tentando administrar todas as funções do volante. É estranho, é a Formula 1, mas aí você precisa pilotar o tempo inteiro cuidando dos pneus."
E sobre o ambiente, nota diferenças entre a Formula 1 e a WSR: "Na Formula 1, as pessoas chegam, fazem seu trabalho e vão embora. Não é como o kart ou outras categorias, em que tudo é mais familiar. Algumas pessoas na Formula 1 te tratam apenas como um trabalho", finalizou.
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