terça-feira, 28 de abril de 2015

A foto do dia


No próximo fim de semana, a Endurance volta à competição com as Seis Horas de Spa-Francochamps, e um dos pilotos da Porsche, Timo Bernhard, decidiu homenagear um piloto que andou por lá há 30 anos, e que deu a vida na sua tentativa de ser melhor: o seu compatriota Stefan Bellof.

Para Bernhard, Bellof significa muito para ele. Em 1995, ele participou numa competição de karting onde ele terminou no segundo lugar. A entregar os prémios estava Georg Bellof, o pai de Stefan, e ele conversou um pouco com ele. "Ele era excelente conosco e conversou um bocado". Essa corrida de karting servia para comemorar o décimo aniversário da sua morte. E quando Bernhard começou a trabalhar na Porsche, em 1999, conheceu e conviveu com mecânicos que tinham trabalhado para ele nos tempos do Mundial de Grupo C, quando foi o campeão em 1984.

Agora, Bernhard é um piloto estabelecido na Endurance. Venceu cinco vezes as 24 Horas de Nurburgring, venceu as 12 Horas de Sebring, em 2004; as 24 Horas de Daytona, em 2003, e claro, as 24 Horas de Le Mans, em 2010, pela Audi. Mas no meio das passagens por várias equipas, ainda se lembra daquele dia 1º de setembro de 1985, quando tinha quatro anos de idade e viu a programação normal ser interrompida para dar as noticias do acidente que tinha causado a morte de uma das esperanças alemãs para alcançar um título mundial na Formula 1, algo que Michael Schumacher iria conseguir nove anos depois.

"Eu era fascinado pela sua ligeireza de espirito e pela sua velocidade pura. É o elogio de um piloto para outro piloto. Curvo-me perante aquilo que alcançou ao longo da sua carreira. Era um corredor puro-sangue que hoje em dia merece todo o nosso respeito", comentou.

E é verdade: Bellof foi uma estrela cadente naqueles fascinantes anos 80, onde uma geração de pilotos apareceu para modelar as nossas imaginações. E o facto de ter desaparecido de forma brusca, num acidente quando tentava uma ultrapassagem impossível contra um adversário da ordem de Jacky Ickx, só demonstrou que ele tinha tanto de genial como de louco. E após estes anos todos, há quem o queira homenagear por tudo o que fez ao automobilismo.

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