O domingo ficou mais triste em São Paulo, com a noticia da morte de Lucio Pascoal Gascon, mais conhecido por "Tchê". Até pode parecer algo banal, se as pessoas não souberem que ele foi o primeiro preparador de Ayrton Senna no karting. Que aprendeu muita coisa através dele e o ajudou a ser um melhor piloto. "Tchê", de origem espanhola, tinha 78 anos e tinha sido internado na véspera, vítima de um enfarte, do qual acabou por não resistir às complicações.
Por viver fora, não sei dizer a importância dele no kartismo paulista e brasileiro. Mas pelo facto de Senna ainda falar com ele, mesmo depois de ter chegado à Formula 1, demonstra a importância que ele teve nos seus anos formativos da sua carreira. E como ele sempre disse que no karting, era condução pura e simples, sem guerras nem inimizades, pode-se dizer que provavelmente ele foi o seu primeiro mecânico, o seu primeiro preparador, e de uma certa forma, o seu mentor.
Dono de uma oficina ao pé de Interlagos, ajudou os irmãos Fittipaldi e outros pilotos como Chico Serra, Mauricio Gugelmin e Maurizio Sandro Sala, que andaram em monolugares nos anos 80 e 90. Mas parece que foi com Senna que ele teve um impacto mais profundo. E saber que se vai numa semana em que se irá passar mais um aniversário da morte dele até parece simbólico de uma personagem que já atingiu contornos de mito e lenda.
Daquilo que sempre nos contou, todos o consideraram muito bem. E todos, agora, sentem a falta de uma personagem importante na história do kartismo no Brasil. De um tempo mais puro, como Senna sempre disse.
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