... se Nico Rosberg não tivesse ido embora da Formula 1? Provavelmente, estaria a gozar uma parte da temporada na reforma, com a familia, mas a partir da segunda metade do ano, estaria na Formula E, a ajudar a desenvolver a Jaguar. É isto que se pode dizer, juntando noticias e comentários que ouvi esta segunda-feira sobre este assunto.
Vamos por partes: esta segunda-feira, o site brasileiro UOL Esporte publicou uma noticia dizendo que Felipe Massa tinha assinado um contrato com uma equipa de Formula E, para a temporada de 2017-18. Não só para ganhar experiência na categoria, como também para ajudar a desenvolver essa equipa. Contudo, quando Nico Rosberg, em Abu Dhabi, disse que ia embora após alcançar o seu título mundial... tudo mudou. A Mercedes queria Valtteri Bottas, e vai tê-lo (o anuncio oficial vai acontecer a 23 de janeiro, em principio) e Massa foi atraído de volta para a Williams com um contrato milionário, por mais uma temporada. A razão? o seu companheiro de equipa é demasiado novo - e "fresco" - para andar numa equipa como a sediada em Grove.
Já agora, o novo piloto da Williams será o canadiano Lance Stroll, que tem 18 anos e que está a ser treinado desde os dez para ser piloto de Formula 1. O dinheiro e a paixão do seu pai, Lawrence, ajudou muito, e também é ele a causa porque Massa poderá voltar para correr mais uma temporada: um companheiro de equipa experiente ao lado dele poderá dar a adaptação necessária para que Stroll tenha um inicio sem problemas de maior.
E mais: a Martini, "master sponsor" da equipa, gostaria de ter um piloto maduro ao seu lado para poder vender o seu produto, porque passar a ideia de Stroll como "poster boy" quando ainda deverá beber leite não é muito correto...
E para voltar à Williams, ele teve de terminar o contrato com a tal equipa de Formula E. O cancelamento do acordo foi de forma amigável, e foi com a Jaguar. Esse detalhe foi divulgado pelo Rodrigo Mattar, numa conversa informal que tive no Facebook. A marca do gato entrou nesta temporada na Formula E, sendo mais uma marca a entrar nesta categoria que está a crescer a olhos vistos, apesar de estarem apenas na sua terceira temporada. Ter um veterano como Massa, juntando-se a Lucas di Grassi e Nelson Piquet Jr. (Nelsinho), daria mais credibilidade à competição, e ajudaria ao desenvolvimento da tecnologia com baterias.
Portanto, em resumo, por causa de uma decisão de determinado piloto, desencadeou-se um dominó de consequências imprevisiveis. E por causa desse dominó, pode ser que Felipe Massa faça uma despedida mais digna no final do ano, em Interlagos.
1 comentário:
Boa análise, mas devo discordar do último parágrafo: Não creio que Massa consiga ter uma despedida mais digna e mais épica que a que ele teve em Interlagos. Ele bateu na subida dos boxes, abandonando perto da torcida vibrando com e ele caminhando a pé até os boxes tendo a chuva como plano de fundo foi magistral.
Acho um erro ele voltar. Só justificaria o retorno se ele conseguisse apenas mais uma vitoriazinha, porém, com a Williams acho muito difícil.
Abraços
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