O belga Thierry Neuville foi o vencedor do Rali da Austrália, o cair do pano do mundial deste ano, que recomeçará dentro de dois meses, no asfalto nevado e gelado de Monte Carlo. O piloto da Hyundai levou a melhor sobre Ott Tanak, que por sua vez foi superior ao seu companheiro de equipa da Hyundai, o neozelandês Hayden Paddon, que ficou com o lugar mais baixo do pódio. Quanto a Jari-Matti Latvala, tinha tudo para acabar no segundo posto, mas um despiste na Power Stage deitou tudo a perder.
O ultimo dia do rali começou com algumas atribulações. Se na frente, Neuville tentava controlar os avanços de Latvala, na classificativa propriamente dia, Elfyn Evans bateu Esapekka Lappi por 2,5 segundos, na primeira passagem por Pilbera Reverse. A seguir, em Bucca16, Hayden Paddon conseguiu entrar na lista de vencedores de especiais, batendo Lappi por 3,7 segundos, enquanto que Neuville perdia 9,1 segundos para Latvala, fazendo com que a diferença caisse para menos de dez segundos. Atrás, Stephane Lefebvre e Craig Breen, ambos em Citroen, terminavam mais cedo os seus ralis, vitimas de saídas de estrada.
Contudo, na primeira passagem por Wedding Bells, Neuville foi 4,8 segundos mais veloz do que Latvala, conseguindo ficar um pouco mais aliviado na pressão para ver quem seria o vencedor do rali.
Quanto a Sébastien Ogier, ele voltou a ter problemas de caixa de velocidades do Ford Fiesta WRC no troço anterior e penalizou um minuto por controlar por avanço à entrada desta classificativa. “Temos este problema que nos perturbou um bocado. Com o pânico, entrámos mais cedo”, explicou.
Apesar da penalização, o francês era quinto.
Contudo, antes do Power Stage, a 20ª especial acabou por ser cancelada devido ao mau tempo, com os troços a virarem autênticos lamaçais. Assim sendo, a Power Stage, mesmo com tudo o que estava nos troços, acabou por ser realizada, com o famoso volte-face que sofreu Latvala, que se despistou e acabou por abandonar, quando esforçava para apanhar Neuville e chegar à vitória.
Assim, Tanak e Paddon ficaram com os outros lugares do pódio, e os únicos que ficaram a menos de um minuto do vencedor. Sebastien Ogier foi o quarto, a dois minutos e 27 segundos do vencedor, já distante de Elfyn Evans, o quinto, também num Ford.
Esapekka Lappi foi o sexto e acabou por ser o melhor dos Toyota, e praticamente o último dos WRC que não tiveram de abandonar a meio do caminho e regressar no modo WRC2, como aconteceu a Kris Meeke, o sétimo. O local Ritchie Dalton, num Skoda Faboia R5, foi o oitavo, enquanto que o grego Jourdan Seiteirides e o finlandês Kalle Rovanpera fecharam o "top ten", com o jovem finlandês a conseguir aqui o seu primeiro ponto no WRC, a bordo de um Ford Fiesta R5.
Agora, prepara-se o Mundial de 2018, cujo começo será no asfalto gelado de Monte Carlo, a meio de janeiro.
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