Falta mais de oito meses para o Dakar de 2019, mas nas últimas semanas, cresce o cepticismo sobre onde é que irá passar o rali. Há rumores sobre o eventual percurso, que não passaria por Argentina, e poderia haver um regresso ao Chile e a inclusão do Equador, com a Bolívia ainda indecisa sobre se continuaria ou não.
Contudo, nos últimos dias, a imprensa local refere que é provável que os países da América do Sul achem que a passagem do Dakar nas suas terras é demasiado cara para os seus bolsos. David Eli, representante da Amaury Sports Organisation (ASO), disse ao programa argentino Mundo Sport que até agora não foi acordado nada com nenhum país para a edição do próximo ano. E em caso extremo, poderá ser cancelada.
"Na Argentina, Chile e Peru, está nas mãos das autoridades dar o OK para confirmar o Dakar. Por enquanto não há nada. Pode não haver o Dakar em 2019, pode não haver mais, podemos voltar para a África, porque não? Está dentro das possibilidades”, começou por dizer.
"Tudo passa por uma questão económica e logística, então, se essas três coisas forem resolvidas nos três países, continuaremos a ter prova, mas, assim, como estamos, certamente não", concluiu.
Fala-se que a ASO exige sete milhões de dólares para que o Chile receba sete etapas do Dakar, mas o governo local acha demasiado caro. Já em relação à Argentina, fala-se que as negociações chegaram a um impasse, e no Peru, a mudança de governo fez com que as conversações tivessem ficado em pausa.
Para além disso, falou-se recentemente que representantes do governo argelino estiveram com a ASO em Paris no sentido de negociar o regresso do Dakar a aquelas paragens, que não visitam desde 1990. E claro, isso também seria o regresso da prova a paragens africanas, dez anos depois do cancelamento da partida em Lisboa.
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