Maurizio Arrivabene está prestes ser substituído por Mattia Binotto no cargo de diretor desportivo. A noticia foi avançada esta manhã pelo jornal Gazetta dello Sport, e a Scuderia poderá confirmar nas próximas horas.
Segundo conta a reportagem do periódico italiano, a substituição tem a ver não só com os resultados que a marca teve na temporada anterior, para além dos erros de estratégia por parte de Arrivabene, como também tem a ver com a transição no grupo FCA, onde John Elkann está a liderar, depois da morte de Sergio Marchionne, no verão passado. Elkann era fã de Binotto, apesar de Arrivabene estar bem relacionado com Marchionne, e isso fez com que Binotto pensasse seriamente em abandonar a Scuderia, provavelmente rumo a um dos seus rivais, a Marcedes. Contudo, conseguiram segurá-lo, provavelmente com a garantia de que iria ficar com o lugar de Arrivabene num futuro próximo.
Para piorar as coisas para o lado de Arrivabene, este tinha dito que a razão do insucesso se devia maioritariamente à falta de progresso no desenvolvimento do carro, algo que deixou os engenheiros desagradados com essas chamadas de atenção.
Binotto começou a sua carreira na Ferrari em 1995, sendo primeiro engenheiro de motores na equipa de testes, passando à equipa de corridas, dois anos mais tarde. Depois de ter assumido o papel de engenheiro de pista, subiu a director do departamento de motores e do KERS em 2009. Passou a diretor técnico em 2016, substituindo James Allison, e foi graças a ele que a Scuderia subiu de forma nas duas últimas temporadas, ajudando Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen a lutar pelo título contra os Flechas de Prata, sem resultados, contudo.
Caso seja Binotto a ficar com o lugar de Arrivabene, há dois candidatos à sua sucessão, ambos italianos: Enrico Cardile, chefe do departamento de aerodinâmica, e Corrado Iotti, responsável máximo pelo departamento de motores.
Quanto a Arrivabene, de 61 anos, está na Ferrari desde 2014, em substituição de Marco Mattiacci, e foi apontado depois de ter estado quase vinte anos na Phillip Morris, primeiro no departamento de marketing, ascendendo ao posto de vice-presidente encarregado do marketing e consumo, e através da Marlboro, esteve sentado desde 2010 na Comissão da Formula 1, como representante dos patrocinadores.
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