A terceira etapa do Dakar foi péssima para as cores espanholas. Entre San Juan de Marconda e Arequipa, houve mudanças quer na liderança das motos, quer na liderança dos carros. Nasser Al Attiyah voltou à liderança e Carlos Sainz perdeu várias horas no rali, depois de problemas no seu Mini.
Outros que também ficaram parados devido a problemas mecânicos foram o sul-africano Giniel de Villers, que teve problemas no seu Toyota, e Sebastien Loeb, que teve problemas para passar nas duas a bordo do seu Peugeot. No final do dia, Stephane Peterhansel foi o vencedor, três minutos e 26 segundos na frente de Nasser Al Attiyah. Desta forma, a classificação geral levou uma grande volta, agora com Al-Attiyah a reassumir a liderança da prova, com seis minutos e 48 segundos de avanço para o Mini do saudita Yazeed Al-Rahji. Stephane Peterhansel é terceiro, a sete minutos e três minutos de distância do primeiro.
Nani Roma foi quarto na etapa, perdendo 18 minutos para Attiyah e uma posição na geral, caindo para o quarto posto. Já Sebastien Loeb perdeu 42 minutos e 55 segundos para o seu compatriota da Mini, caindo do quinto para o oitavo lugar.
Nas motos, foi outro dia de loucos: Barreda Bort desistiu, Matthias Walkner atrasou-se, tal como Ricky Brabec. O grande vencedor foi Xavier de Soultrait. O piloto francês realizou uma jornada sem sobressaltos ao nível da navegação e colheu os frutos disso mesmo ao ser o mais rápido, oferecendo assim a primeira vitória neste Dakar à Yamaha. Pablo Quintanilla foi segundo, a meros 15 segundos, e ele é o novo líder da categoria.
"Estou muito desapontado. Eu comecei muito bem, sentindo forte, atacando e alcançando os pilotos à minha frente. Eu cheguei em um pico onde estava realmente nublado. Não houve visibilidade e eu [acabei por] descer. Estava muito escorregadio, era impossível para mim voltar [a subir], procurei uma solução no fundo, mas não encontrei nenhuma, não havia saída", contou Barreda, depois de ser evacuado de helicóptero.
Quanto a Paulo Gonçalves, fez uma boa operação, limpinha sem problemas, tendo conseguido ficar no sexto lugar na etapa e assim subir á nona posição da geral. A sua abordagem cautelosa parece estar a dar dividendos, num percurso onde, de um momento para o outro, se pode perder tudo o que se ganhou nos dias anteriores.
Na geral das motos, o piloto chileno lidera com 11 minutos e 23 segundos de avanço sobre Kevin Benavides, que agora é o cabeça de série da Honda. O britânico Sam Sunderland, no seu KTM, é terceiro da geral, a doze minutos e doze segundos do primeiro posto.
Amanhã, o Dakar vai de Arequipa até Monegua, no total de 405 quilómetros, 106 dos quais são cronometrados.
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