E agora, a Formula 1 está em Portimão. Não direi que estou nas nuvens, perante um autódromo que por vezes toca no Céu, mas houve alturas em que sonhei pela concretização deste final de semana. E agora, graças a uma pandemia, vemos Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, Max Verstappen, Charles Leclerc e Sebastian Vettel a cruzarem-se no Autódromo Internacional do Algarve, perante um número selecionado de espectadores porque os tempos de pandemia - estamos a entrar na segunda vaga - não permitem grandes aglomerações.
E neste fim de semana histórico para todos nós, do qual milhares gastaram algumas centenas de euros para viverem algo único nesta geração, andamos todos excitados para ver no nosso território aquilo que os outros têm e aquilo que a Formula 1 vive agora: o domínio total e absoluto de Lewis Hamilton e do seu Mercedes, a caminho de um sétimo título mundial, igualando Michael Schumacher. Aliás, o britânico de 35 anos está neste momento com o mesmo número de vitórias que o piloto alemão, e poerá amanhã sair dali como o piloto mais vitorioso de sempre da Formula 1.
Contudo, neste final de semana de regresso, a sessão de qualificação... demorou. É que no final da terceira sessão de treinos livres, descobriu-se que uma tampa de esgoto estava solta e claro, um potencial perigo para os carros e pilotos. Assim sendo, um conjunto de pessoas foi ao lugar - na curva antes da meta - para fazer os devidos reparos. E por causa disso, a sessão de qualificação, que deveria começar às 14 horas, atrasou-se em meia hora.
Mas com as reparações feitas, estava tudo a postos para o momento alto do dia: sessenta minutos onde a elite do automobilismo iria fazer o seu melhor para partir o mais à frente possível na grelha.
No final, enquanto Russel seguia em frente, o seu companheiro de equipa Micholas Lattifi fazia companha aos pilotos da Alfa Romeo, Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi, e da Haas, Romain Grosjean e Kevin Magnussen.
Na Q2, a Mercedes e a Ferrari saíram para a pista de médios, contrariamente o resto do pelotão, que foi para a pista com moles. Bottas foi o primeiro a marcar tempo, com 1.16,466, na frente de Sergio Perez, porque Lewis Hamilton teve o seu tempo anulado devido aos limites que passou na pista. Pouco depois, fez 1.16,844 e ficou com o segundo melhor tempo. Verstappen ficou com 1.17,096. Em contraste, Sebastian Vettel não era veloz a fazia apenas o 14º melhor tempo...
A parte final do Q2 viu-se a Ferrari a tentar de novo com os médios - esperando que funcionem desta vez - mas Vettel não foi longe. Pior: o seu tempo foi inferior ao de George Russell! Entretanto, Daniel Ricciardo saiu de pista quando tentava a sua sorte, e o seu carro ficou encostado nos pneus, mas sem danificar a sua asa traseira. Ambos tiveram a companhia de Esteban Ocon, Lance Stroll e Daniik Kvyat.
Para a fase final, todos andaram de moles, excepto Albon, que andava com duros, fazendo provavelmente a estratégia para a corrida... claro, os Mercedes começaram a fazer tempo, primeiro Bottas, depois Hamilton, a cerca de 49 centésimos um dos outro. Verstappen era 121 centésimos mais lento, no terceiro posto.
Nos minutos finais, os Mercedes trocaram para médios, primeiro em Bottas, depois em Hamilton, e o britânico fez 1.16,934, indo para a frente da tabela de tempos. Mas Bottas respondeu, fazendo 1.16,754, até que o piloto numero 44 arrancou um tempo de 1.16,652 e largará pela 97ª vez da pole-position. Pelo meio, Max Verstappen fez um tempo perto dos Mercedes, mas não deu mais do que o terceiro melhor tempo.
No final, foi uma qualificação emocionante, especialmente na sua parte final, mas o resultado foi o mesmo. Amanhã se calhar será a mesma coisa, mas o importante é ver os carros aqui na pista portuguesa, de regresso.
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