Como sabem, a Formula 1 deveria ter começado uma semana antes em Melbourne, mas o pessoal na Austrália não quis arriscar em tempos de pandemia e decidiu adiar a corrida para novembro, lembrando os tempos em que eles corriam em Adelaide, há uns 25 anos. Sendo assim, foi-se para o Bahrein, o local onde esta sempre disponível para tudo, só falta construírem edifícios para serem as sedes das equipas todas. Acho que já falou menos... enfim, temos de dar o braço a torcer que Shakir pode ser um local bom para que as corridas aconteçam, ao contrário de Abu Dhabi, por exemplo...
Mas o que todos pensavam quando o dia se pôs naquela parte do mundo era: a Red Bull iria suceder à Mercedes? E Max Verstappen iria ser um rival à altura para o oitavo título de Lewis Hamilton, em que faria pagar bem caro o preço da liderança? Ou todas estas expectativas iriam acabar num 1-2 para os Flechas de Prata, "Sir" Lewis Hamilton à frente de Valtteri Bottas?
Na parte final, Nikita Mazepin decidiu fazer um pião no final da reta, e prejudicou as voltas dos pilotos na parte final por causa das bandeiras amarelas. Ao mesmo tempo, Carlos Sainz Jr. também ficou parado no meio da pista por causa de problemas de KERS. E isso fez com que, por exemplo, Sebastian Vettel tenha ficado de fora da Q2, e George Russell tenha conseguido um digno 14º tempo. Esteban Ocon também não conseguiu tempo para a fase seguinte.
A Q2 começa com o duelo Red Bull-Mercedes. Primeiro Bottas marca 30.2, depois Verstappen reage, tirando 230 centésimos, mas depois Hamilton melhora, conseguindo 1.30,085. Perez faz o quarto melhor tempo, antes de ser tirado porque foi fora dos limites. Alonso era sexto na tabela de tempos, o que mostra o equilíbrio entre o pelotão da Formula 1. Por exemplo, Lando Norris era quarto naquela altura...
A parte final foi interessante... para dizer o mínimo. Carlos Sainz Jr conseguiu um tempo canhão e ficou lá em cima, com uma milésima de segundo adiante a Charles Leclerc, conseguindo surpreender todos que pensavam num duelo Mercedes-Red Bull. Mas pior, pior, é que seis décimos separavam o primeiro... do 12º. Tudo por causa do uso dos pneus: com os moles, iam bem mais velozes que com os médios. A Mercedes poderia ficar fora da Q3 mais adiante, se bobear. Tanto que entre os que ficaram de fora, gente como Antonio Giovinazzi, Sergio Perez, Yuki Tsunoda, George Russell e Kimi Raikkonen. E entre os que passaram, estava Fernando Alonso, nono, adiante de Pierre Gasly.
E foi com isso que se encarou a Q3.
Com alguns pilotos a colocarem pneus moles, gente começou a colocar tempos muito fortes. Como Max Verstappen, que seguia atrás de Lewis Hamilton, e logo depois de ele fazer 1.29,549, o holandês melhorou o tempo em 23 centésimos, mostrando que as coisas iriam ser bem duras este ano. Gasly era o terceiro, a 488 centésimos. E para a última parte, todos fariam a mesma coisa: um jogo de moles novos nos seus carros, e dando o máximo... dentro dos limites. Mesmo Fernando Alonso e Charles Leclerc, que não foram para a pista nesta primeira parte.
Para a volta final, os primeiros foram os Mercedes. Eles foram melhores, mas Verstappen fazia melhor tempo. Na meta, Bottas faz 1.29,586, para depois Hamilton melhorar: 1.29,385. Mas Max Verstappen, que fazia tempos superiores nos sectores anteriores, acabava com 1.28.997, o único abaixo de 1.29 no circuito barenita. A Red Bull confirmou o seu favoritismo, e que com carros iguais, tinham o piloto melhor. Atrás, no quarto posto, discretamente, Charles Leclerc era o melhor dos Ferrari, na frente de Pierre Gasly, enquanto Fernando Alonso só conseguia o nono tempo, bem melhor que Esteban Ocon, na verdade.
Veremos como será amanhã.
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