sexta-feira, 1 de outubro de 2021

GP Memória - China 2006


Três semanas depois de Monza, a Formula 1 partia para paragens fora da Europa, em três corridas que poderiam decidir tudo. E a primeira final era o GP da China, em Xangai. Com todos sabendo que Michael Schumacher iria embora da Formula 1 no final da temporada, o alemão ainda queria mostrar ao mundo que alcançaria mais um título e abandonaria em grande. Mas Fernando Alonso, o campeão em título, iria fazer de tudo para evitar isso. 

No final da qualificação, Fernando Alonso tinha levado a melhor sobre Giancarlo Fisichella, seu companheiro de equipa, num monopólio da Renault na primeira fila. A Honda ficou com a segunda, e Rubens Barrichello foi melhor que Jenson Button. Kimi Raikkonen foi o quinto, no seu McLaren, na frente de Michael Schumacher, no melhor dos Ferrari. Pedro de la Rosa era o sétimo, no segundo McLaren, adiante dos BMW Sauber de Nick Heidfeld e Robert Kubica, e a fechar o "top ten" estava o Red Bull do neerlandês Robert Doornbos

Felipe Massa e Takuma Sato trocaram de motores, logo, iriam começar do fundo da grelha, enquanto os tempos de Cristijan Albers foram apagados porque não trouxe o seu carro para ser pesado pelos comissários. 


O dia da corrida tinha começado com chuva, mas à hora da corrida, esta amainou e o asfalto estava a secar. Os Renault foram embora, com Raikkonen em terceiro, depois de passar os Hondas. Atrás, Schumacher também queria passar os Hondas, mas passou Barrichello apenas na oitava volta e Button na 14ª, ao mesmo tempo que Raikkonen fazia o mesmo, mas a Fisichella. Na frente, Alonso tinha ido embora, com cerca de 15 segundos de avanço, mas o finlandês começou a fechar essa diferença.

Entretanto, a pista secava, e Schumacher já estava na traseira de Fisichella na volta 19, numa altura em que Raikkonen sofria com problemas no acelerador e era obrigado a retirar-se. 

Entre os voltas 21 e 23, os pilotos fizeram a sua primeira ronda de reabastecimentos, mas Alonso, indeciso sobre os pneus, trocou apenas os da frente, deixando os de trás, fazendo com que perdesse toda a sua vantagem a favor de Schumacher, que tinha mantido os mesmos pneus, que sendo os da Bridgestone, eram mais favoráveis naquela situação. Os três estavam colados uns aos outros, até que na volta 29, o italiano passou o seu companheiro de equipa, e duas voltas depois, Schumacher fazia o mesmo, com o espanhol a atrasar-se ainda mais. O piloto da Ferrari foi então atrás do da Renault para ver se ficava com a liderança, mas não conseguia passar.

Nesta altura, já se arriscava com pneus slicks, e na volta 35, Alonso aproveitou e fez nova troca, mas problemas com uma das porcas fizeram-no perder quase vinte segundos. Quando voltou à pista, era quarto e tinha quase 50 segundos de atraso. Mas mesmo assim, recuperou o ritmo e foi atrás dos primeiros. Na volta 41, Fisichella foi fazer o reabastecimento e trocar para secos, reagindo à paragem de Schumacher, mas no regresso à pista, ele, ainda com os pneus frios, saiu largo na primeira curva e perdeu a liderança para o alemão.

Depois disso, Schumacher foi-se embora, pois Fisichella debatia-se com o jogo de pneus que tinha montado. Isso, aliado com a recuperação de Alonso, permitiu que o espanhol ficasse rapidamente com o segundo lugar e se aproximasse do alemão. Atrás, Nick Heideld era quarto, graças a uma boa estratégia na paragem nas boxes, mas era pressionado por Rubens Barrichello, que na volta final, tentou a sua sorte. Isso resultou num choque entre ambos, com o alemão a ficar sem o pneu traseiro direito e o brasileiro sem a asa da frente. Button e De la rosa aproveitaram isso para ficarem com ambas as posições, e os afetados coxearam até à meta.  


Apesar do ritmo de Alonso ser superior ao de Schumacher, já era tarde para o apanhar, e foi assim que cortaram a meta. O alemão conseguia ali a sua 91ª vitória, e igualava o espanhol nos pontos. Fisichella era o terceiro.

Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Honda de Jenson Button, o McLaren de Pedro de la Rosa, o segundo Honda de Rubens Barrichello, o BMW Sauber de Nick Heidfeld e o Williams de Mark Webber.  

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