Mas ninguém pensou nisso nestes últimos dois dias. Com o anuncio de que a Mercedes tinha decidido rever a decisão dos comissários no domingo, em São Paulo, e o arrastar da decisão até sexta-feira de manhã, as conversas foram essas e somente essas. Da Mercedes e de Wolff, que decidiu calçar as luvas e tentou que Max fosse ainda mais penalizado, fosse em segundos ou em lugares, da defesa dos energéticos de que a manobra foi absolutamente legal, de até a GPDA, a associação dos pilotos, de que mudaria as suas atitudes, se a FIA deixasse de ser consistente, parecia que a chance do campeonato ser decidido na secretaria era bem real.
Chegada sexta-feira, e tudo ficou na mesma. Assunto resolvido, os pilotos andaram na pista, à noite, para ver se adaptavam ao ambiente. Pelos vistos, não havia ninguém a sair beneficiado em andar na nova pista, que é mais do que conhecida da MotoGP.
Max reagiu na segunda passagem pela pista, fazendo 1.21,996, mostrando que a luta entre ambos estava ao rubro, enquanto atrás, Nikita Mazepin tinha a asa dianteira trocada e tentava arranjar tempo para marcar um tempo no seu Haas.
A parte final foi de toda a gente na pista, tentando a sua sorte, mas não houve grandes alterações. Quem ficou de fora foi os Alfa Romeo de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi, o Williams de Nicholas Latifi e os Haas de Mick Schumacher e Nikita Mazepin.
Para a Q2, boa parte dos pilotos colocou médios, mas mesmo assim, havia quem tinha problemas para marcar tempo. Como Charles Leclerc, que não conseguia entrar dentro dos dez primeiros, um tempo quase segundo e meio mais lento, enquanto os do costume ficavam com os melhores tempos. Hamilton conseguiu 1.21,6 a certa altura, com Pierre Gasly a interferir-se entre eles.
Chegados à Q3, logo na primeira tentativa, houve duelo entre os primeiros. Hamilton colocou 1.21,262, antes de Max ter feito 1.21,424, na frente de Valtteri Bottas. Estava ao rubro, e todos olhavam com ansiedade para saber como isto acabaria,
E foi assim: com todos de moles, Hamilton faz 1.20,827, fazendo a pole e mostrando à concorrência que iriam dar tudo para ganhar. Mas a seguir, a asa frontal de Pierre Gasly quebra e o francês fura, estragando tudo, especialmente a volta do Max. Foi um final anti-climático para esta qualificação, do qual o britânico parecia que iria partir em vantagem.
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