Com os Turbo em enorme vantagem - ficaram com os cinco primeiros lugares logo na primeira volta - Prost esperou até que aparecesse a oportunidade de passar Arnoux para ficar com o primeiro posto, o que aconteceu na volta 14. Por essa altura, já Nelson Piquet e Gilles Villeneuve tinham abandonado. As coisas pareciam ir bem até à volta 40 quando sofreu o furo. Mesmo com uma roda no ar, estilo Gilles em Zandvoort 1979, ele conseguiu levar o carro às boxes, trocar o pneu a regressar para a pista, a uma volta de Arnoux.
Mas em cinco voltas, desdobrou o seu companheiro de equipa e começou a recuperar voltas após voltas. E durou apenas 27 para voltar a apanhar Arnoux, depois de ter beneficiado da paragem de Didier Pironi, que desistira por causa do seu motor. E pelo meio, apanhara Carlos Reutemann, que via este 23 de janeiro como um dia especial - 10 anos antes, tinha feito a pole-position na sua corrida de estreia, na Argentina, e cinco anos mais tarde, triunfava dominantemente em Interlagos - que parecia estar a fazer uma corrida que o redimia das frustrações da temporada anterior.
No final, aconteceu aquilo que foi uma das grandes corridas de Prost, com Reutemann e René Arnoux no podio. O quarto lugar do regressado Niki Lauda mostrou que ele não tinha perdido nenhuma das faculdades e esperava que no resto da temporada, tivesse mais chances de brilhar.
Mas o que ninguém sabia era que tinha acabado de começar uma das temporadas mais complicadas da história do automobilismo.
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