Para o diretor-geral da M-Sport, Malcolm Wilson, que constrói e assiste as máquinas Ford - este ano, irão andar nos Puma, depois de uma década ao volante dos Fiesta - assistiu, quer como piloto - correu nos RS200 de grupo B - quer como diretor da sua preparadora, a grandes mudanças no WRC. Mas como o próprio destaca, não viu nada como aquilo que acontecerá este ano.
“Não há duas formas de contornar isto. As mudanças para esta época são um grande passo em termos de tecnologia com os carros que participam no campeonato e esta é a maior que já vi em todo o tempo que estou ligado ao Mundial de Ralis”, começou por dizer. “Penso que a fiabilidade será a chave para os títulos desta temporada”, acrescentou.
Já outro ex-piloto, e agora diretor da equipa Toyota Gazoo Racing, o finlandês Jari-Matti Latvala, concorda com as afirmações de Malcolm Wilson: “Com certeza, a fiabilidade será um factor chave para todas as equipas. Há muitas áreas completamente novas nos carros deste ano. Claro que todos gostaríamos de ter mais tempo para os testes, mas agora o Monte [Rallye Monte-Carlo] está aí à porta e temos de estar prontos. Como sempre neste desporto, há algumas coisas das quais não se sabe tanto, mas este ano vai haver ainda mais algumas, especialmente a parte híbrida e as outras mudanças no carro. Vai ser uma época muito excitante”, disse Latvala.
Já em termos de pilotos, o diapasão é o mesmo. Há tanta expectativa em relação a estes carros que gente como Sebastien Loeb e Sebastien Ogier fizeram questão de estar ao volante destes carros no Rali de Monte Carlo para os poderem experimentar, apesar de não irem correr uma temporada inteira.
Ogier, o campeão de 2021, e que continuará a pilotar pela Toyota, sente que os primeiros eventos dos Rally1 podem ser um desafio, mas está confiante que os carros irão evoluir muito nas próximas três temporadas: “Estou muito confiante que os carros irão progredir rapidamente. Vimos isso com a última geração de carros, eles foram bem mais rápidos em 2021 do que quando começaram em 2017”.
“Esta oportunidade é enorme para mim”, começou por dizer o piloto irlandês quando fala do seu novíssimo carro Puma Hybrid Rally1 da M-Sport Ford: “Vou dar-lhe absolutamente tudo o que tenho. No passado, disse a mim mesmo que o tempo de assento em qualquer tipo de carro de rali o ajuda, mas, com toda a honestidade, não ajuda. Estes carros são agora tão específicos, com o sistema híbrido são diferentes de tudo o que já fizemos antes e o que precisamos é de encontrar o sentimento natural com o carro. Não vou fazer isso com o material histórico, e foi por isso que parei”.
Desde o outono, Breen passou todo o seu tempo a trabalhar com a equipa britânica, no Puma: “Esperava que a falta das duas últimas rondas do [WRC] me desse a oportunidade de ter uma boa sensação para o carro do Rally1, e acredito sinceramente que sim”, começou por afirmar.
“Tive tempo no novo carro e tive tempo fora do World Rally Car, quase é preciso esquecer certos aspetos da última geração de carros. Não temos as mesmas diferenças, a aerodinâmica e a suspensão são bem diferentes e eu queria aquele sentimento natural com o Puma. E está definitivamente lá. Temos agora mais este teste antes do Monte e eu, sinceramente, estou ansioso, e tão excitante…”, concluiu.
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