Depois de duas semanas na Ásia, a Formula 1 chega às Américas para três semanas seguidas de competição, num horário super-concorrido. A primeira paragem é em Austin, no Texas, num circuito onde centenas de milhares de pessoas recebem a competição de braços abertos, e onde os pilotos aproveitam bem aquele sol texano para serem... texanos. Daniel Ricciardo, por exemplo, trouxe um cavalo - com credencial e tudo! - para poder entrar e sair como os locais. Outro que anda por ali é Brad Pitt, que aparentemente, quer protagonizar um filme sobre Formula 1, ou se preferirem, algo que seja um "remake" de Grand Prix. Mas com Jerry Bruckheimer como produtor, algo me diz que será algo parecido com "Driven", o infame filme de Sylvester Stallone, sobre a CART...
Na Red Bull, apesar das comemorações algo estranhas no Japão - e esperando que no COTA, fossem melhores - as conversas eram sobre o teto salarial que eles tinham, alegadamente, rebentado. Com a FIA a propor um acordo com a marca, e entre pedidos de eles serem fortemente penalizados - os mais radicais queriam a retirada do título! - afinal de contas, o limite que eles quebraram pode ter sido na ordem dos 200 mil dólares. A ser verdade, são patacos no mundo da Formula 1.
Contudo, cerca de uma hora antes da qualificação, as boxes ficam agitadas com uma sombria noticia vinda da Europa: na Áustria, depois de uma prolongada doença, morria Dietrich Mateschitz, o fundador e o homem que tornou a Red Bull naquilo que se tornou agora. Agitação nas boxes da Red Bull e da Alpha Tauri, pois os jornalistas queriam saber da reação de Christian Horner, por exemplo, que por estes dias estava aflito por causa da história de ter ultrapassado o teto salarial.
No final, Horner disse: "É muito, muito triste. Que grande homem. Há poucos deste tipo, o que ele alcançou e o que ele fez, para tantas pessoas, ao redor do mundo, em diferentes desportos, é inigualável."
Com essa sombra pairando sobre Austin, a qualificação americana começava. Depois dos primeiros tempos, para aquecer a pista, foram os Ferrari a marcar tempo, especialmente Sainz Jr, que colocava 1.35,795. Quase meio segundo mais veloz que Charles Leclerc. Depois melhorou, com 1.35,297. Na parte final, com o pelotão na pista em peso, não existiram grandes melhoramentos - Schumacher até fez um pião - e os eliminados foram os Haas de Kevin Magnussen e Mick Schumacher, o McLaren de Daniel Ricciardo, o Alpine de Esteban Ocon e o Williams de Nicholas Latifi.
Alguns minutos mais tarde, começava a Q2, com Alex Albon a ser o primeiro a ir para a pista. Depois apareceram mais alguns incluindo Pierre Gasly, que queimou a travagem e regressou às boxes. Os da frente marcaram cedo tempos, e Max deu um ar da sua graça, com 1.35,294, antes de Leclerc bater esse crono por 48 milésimas.
Os pilotos aguardaram a parte final da qualificação para tentarem a sua sorte. Max saiu da pista com um jogo de pneus novo, mas voltou logo para as boxes, enquanto Tsunoda e Gasly, nos seus Alpha Tauri, marcaram tempos suficientes para entrarem na Q3, mas foram logo depois superados pelos Alfas-Sauber de Zhou e Bottas. No final, os eliminados foram o McLaren de Lando Norris, o Williams de Alex Albon, o Aston Martin de Sebastian Vettel, e os Alpha Tauri de Pierre Gasly e Yuki Tsunoda.
Contudo, minutos depois, o tempo do piloto chinês é eliminado e ele cai para 14º, beneficiando Norris.
Agora, os minutos finais, ou se preferirem, a Q3.
Os primeiros minutos deram tempo para os Ferrari, com Leclerc a ganhar tempo a Max Verstappen por 420 centésimos, com o monegasco a conseguir 1.34,624. Entretanto, a temperatura estava baixando e o neerlandês da Red Bull achou por bem que era a hora de se lançar para um tempo marcante. Mas foi Leclerc que marcará 1.34,624, para logo a seguir, Sainz Jr. marcar 1.34, 356, e fazendo a pole-position. O monegasco é P2, mas ele não o usufruirá, por causa de uma penalização que o atirou para P11. Assim, quem largará na primeira fila, a seu lado, será... Max Verstappen.
E foi assim que acabou a qualificação nos Estados Unidos, nas terras onde o sol se põe agora. O "smooth operator" está feliz da vida por ter conseguido a sua segunda pole-position da temporada, e espera que este seja o início de um excelente fim de semana para ele e para a Ferrari.
Resta saber se ele conseguirá, ou então... a Red Bull voltará a ganhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário