sábado, 8 de junho de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 9, Canadá (Qualificação)


Se a Formula 1 fazer uma escolha de pistas para ficar de forma definitiva na competição, tem de escolher o Circuit Gilles Villeneuve, na olha de Notre-Dame, em Montreal. A pista é estreita, menos que o Mónaco, e foi construída no final dos anos 70, mas sempre proporcionou grandes corridas, truculentas, com e sem chuva! E numa altura em que parece que a concorrência começou a apanhar Max Verstappen, e na semana em que a FIA anunciou as regras para 2026, parece que a Formula 1 está mais competitiva que nunca. 

E agora no Canadá, parece que tudo é possível. Até com a meteorologia a anunciar a perturbação da chuva no fim de semana. E quando isso acontece, as coisas são ainda mais imprevisíveis em Montreal. Até parece que a minha ideia do espírito de Gilles Villeneuve ser largado nestes dias para baralhar e voltar a dar, parece me dar razão nesse meu "whishful thinking".     

Com o tempo nublado, a ameaçar chuva, os pilotos começaram a sair com moles e marcar um tempo antes que a chuva caísse forte na pista. Lando Norris foi dos primeiros a marcar um tempo, com 1.14,585, seguidos dos Red Bull e do Aston Martin do piloto local, Lance Stroll. Pouco depois, Stroll melhorou, com 1.14,519, e foi para o topo da tabela de tempos. Com os passar dos minutos, os tempos tem caído, até chegar ao de George Russell, com 1.13,242.

Na parte final, Lewis Hamilton conseguiu o melhor tempo, com 1.12,851, antes de Max melhorar com 1.12,360, com Tsunoda a seguir, a 388 centésimos, enquanto atrás, há algumas surpresas. Como Sérgio Pérez, que ficou de fora, e fez companhia a Guanyou Zhou, Nico Hulkenberg, Esteban Ocon e Valtteri Bottas.

Poucos minutos depois, passou-se para a Q2. O tempo aguentara-se, sem chuva, e com moles, os pilotos prepararam-se para entrar na pista. Quase ao mesmo tempo, os espectadores começaram a colocar os seus impermeáveis, mas ainda não sabiam se valia a pena trocar para intermédios. Hamilton marcou 1.13,104, antes de Oscar Piastri conseguir 1.12,642. Alguns minutos depois, George Russell conseguiu 1.12,323, indo para o topo da tabela de tempos.

Por esta altura, um aviso: a chuva iria aparecer dentro de 9 minutos. Ou seja, na Q3... se ninguém batesse, entretanto.


Na parte final, Norris marcou 1.12,201, com a concorrência a voar. Max era apenas quinto, antes de Hamilton fazer 1.11,979. E quando Alex Albon conseguiu o sexto melhor tempo, os Ferrari... ficaram de fora da Q3. Os dois! Choque, hein? E a acompanhá-los, o Williams de Logan Sargent, o Haas de Kevin Magnussen e o Alpine de Pierre Gasly.

Mas a razão era de fácil explicação: um erro de escolha. Usaram moles usados, tentando poupar um jogo de pneus, e no final, foram mais lentos que a concorrência. E claro, paga-se caro.  

E agora, é hora da Q3, com a chance de chuva no horizonte.

Os primeiros tempos foram para os McLaren, com Norris a ser melhor que Piastri, antes de Verstappen colocar 1.12,658. Estavam com pressa, antes da chuva começasse a cair na pista. Tanto que, a meio da Q3, Russell conseguiu 1.12,000, com Hamilton logo atrás, a 280 centésimos. Piastri iria conseguir o segundo melhor tempo, 103 centésimos atrás de Russell, antes de Norris melhorar e ser o segundo, mais 21 centésimos que o piloto da Mercedes. 

Apesar das nuvens, não incomodará a qualificação. Mas no final, uma coisa fantástica: Max consegue uma excelente volta... com o mesmo tempo que Russell! Mas como o britânico marcou primeiro, a pole era dele! Norris era o terceiro, a 21 centésimos. Para terminar, cinco equipas diferentes nas três filas da grelha... e tudo isto sem chuva. Piastri foi quarto, na frente de Ricciardo e Alonso, no seu Aston Martin.


Em suma, foi uma qualificação muito interessante, daqueles que apenas Montreal consegue sacar. É por isso que adoro esta pista. 

Resta saber como é amanhã, e se a chuva irá fazer a sua aparição ou não. Promete? Ah sim, a corrida promete!     

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