Depois de uma qualificação bem disputada, havia expectativas em relação à corrida mais alta da temporada - alta, no sentido de esta acontecer a mais de dois mil metros de altitude - na Cidade do México. A cinco corridas do final (mais duas corridas sprint),
Oscar Piastri parecia estar aflito, depois de um mau final de semana em Austin, beneficiando
Max Verstappen, que começa a aproximar-se perigosamente dos carros da McLaren.
Era verdade que
Lando Norris tinha conseguido uma excelente pole-position. que lhe fava uma vantagem em relação ao resto, mas se Max Verstappen era apenas quinto, protegido pelos Ferrari, por exemplo, isso não queria dizer absolutamente nada porque a pista tem uma longa reta antes da primeira curva e se um dos pilotos largasse bem, poderia ser o suficiente para ganhar vantagem na travagem.
Antes da partida, boa parte dos pilotos escolheram os seus pneus. Boa parte partia de moles, com excepções: os Red Bull partiam com médios, tentando ficar o mais possível na pista. Alex Albon, que estava nas últimas filas por causa de uma má qualificação, partia de duros, para ficar o mais possível na pista. Franco Colapinto também saída de duros.
Norris conseguiu ficar melhor na partida, mantendo a liderança perante os Ferraris, mas Max conseguiu também uma boa partida, ficando ao lado dos três primeiros, discutindo a travagem para a primeira curva e a acabar na relva. Parecia que tinha perdido tempo, mas depois acabou por regressar à pista e acabou em quarto lugar no final da primeira volta. Atrás, Oscar Piastri perdeu tempo, caindo para nono, enquanto
Liam Lawson sofrera um toque e acabou por substituir o nariz do seu Racing Bulls.
Na volta seis, mais confusão. Hmamilton começou a ser assediado por Max, antes de ele ter travado demasiado fundo, ir para a relva, ele acelerou o suficiente para ficar com o lugar por alguns metros, antes de ser passado por Oliver Bearman, para ser quarto. Hamilyon manteve na terceira posição, Max caiu para quinto. Atrás, Yuki Tsunoda defendia-se dos ataques de Oscar Piastri, paera o oitavo posto. Tudo isto sob os holofotes dos comissários, enquanto na volta 9, Liam Lawson acabava a sua corrida, depois de ter sido batido na partida.
Agora, na volta 10, Mas era assediado por Antonelli, enquanto Bearman ia-se embora. Afinal, o piloto da Red Bull calçava médios, mais resistentes, mas menos velozes. Atrás, Piastri livrava-se de Tsunoda, para ser oitavo, mas já estava relativamente longe dos primeiros. Mas para além disso, os comissários estavam atentos por todas as saídas de pista, e na volta 15, os comissários decidiram penalizar Hamilton por ter saído da pista. E foi forte: 10 segundos. Por esta altura, Norris estava na frente, com uma vantagem de 6,5 segundos sobre Leclerc. Já Piastri estava na traseira de Russell, a pouco mais de meio segundo.
Kimi Antonelli foi para as boxes na volta 23, o primeiro dos dez primeiros a ir trocar de pneumáticos. Ele regressou de médios, enquanto na volta seguinte, foi a vez de Hamilton, que ficará à espera que passem dez segundos para poderem tocar no carro. Ele saiu das boxes na 14ª posição, de médios, e ver se ele terá ritmo para regressar aos pontos. Piastri é quinto mas foi às boxes na volta 25, depois de Oliver Bearman, ambos colocando médios.
Na volta seguinte, Russell foi às boxes para a sua vez, e quando saiu para a pista, ficou na frente de Oscar Piastri, ou seja, entre eles... tudo na mesma. Na frente, Norris parecia ter tudo controlado, 13 segundos de distância para Charles Leclerc, longe dos Red Bull de Max e Yuki. Nessa altura, Nico Hulkenberg ia às boxes com problemas na sua unidade de potência, sendo a segunda retirada da corrida.
Entretanto, Bearman, com os médios mais novos, aproximava-se de Tsunoda e parecia que o terceiro lugar estava â vista. Na volta 30, Hamilton regressava aos pontos, depois de passar o Sauber de Gabriel Bortoelto. Duas voltas depois, Bearman conseguiu apanhar Tsunoda, sem que o japonês tivesse de trocar de pneus. Nesta altura, Leclerc também parou para trocar de pneus, dando o segundo lugar para Max, que tinha uma desvantagem de... 28 segundos sobre Norris. Que pouco depois, foi às boxes para colocar médios.
Na volta 36, discretamente, Fernando Alonso parava nas boxes para sair de vez da corrida. Terceira desistência deste GP do México.
Na frente, Norris ia embora de Max, agora com dez segundos de vantagem na volta 37, com Tsunoda a ir às boxes na sua única paragem. Na volta seguinte, era Max, que ia meter moles, e saia para a pista em oitavo. Veremos se terá velocidade suficiente para subir na geral.
Ao mesmo tempo, os Mercedes estavam a lutar entre si, com Antonelli na frente. E Russell estava incomodado por isso por algumas boas razões. A primeira, tinham Piastri atrás deles, e a segunda, tem Max a caminho, com pneus mais favoráveis. Antonelli aguentava-se por alturas da volta 40, porque pela sua frente tinha o Haas de Bearman, e não quer abdicar disso.
Nessa altura, Norris estava confortável na frente, com... 18 segundos de vantagem sobre Leclerc. Estava a ser uma grande tarde para ele, até então.
Depois de muitas reclamações, a Mercedes ordenou a Antonelli para que deixasse passar Russell para ver se apanhava Bearman no tal lugar do pódio que estava ao seu alcance. Contudo, Antonelli estava agora a ser pressionado por Piastri para ver se não perdia mais lugares. As coisas continuaram assim até à volta 48 quando Piastri e Antonelli... foram às boxes. O piloto da McLaren saiu melhor que o da Mercedes, numa altura em que Max passou Hamilton para ser sétimo, que depois foi quinto.
Russell e Bearman pararam na volta 49, para a segunda troca de pneus, colocando moles, com o inglês da Haas a sair melhor em quarto. Com isto, Max era terceiro, e tudo indicava que poderia ficar por ali até ao final, porque estes ingleses estavam relativamente longe dele, e Leclerc também decidira ficar, se calhar esperando que mantivesse na pista, por causa dos seus pneus médios. Mas na volta 57, Max estava a oito segundos do piloto da Ferrari, e esta diferença diminuía progressivamente.
Atrás, Russell tinha mais um problema: Piastri estava a apanhá-lo e a ficar na traseira dele, e o risco de perder o lugar era real. E o australiano tentou a sua sorte a dez voltas do final, no final da reta da meta, passando-o. Russell, sem alcançar o seu objetivo, depois Antonelli ir para o seu lugar, acabando de cair para sétimo.
Na frente, Max apanhava Leclerc para ver se chegava a segundo, e a diferença era de 3,3 segundos na volta 64. E era, de certa forma, aquilo que esperava para a parte final da corrida: Leclerc, com uns médios que degradavam melhor que os moles de Max, com Piastri a tentar apanhar Bearman para ser quarto e não perder muito tempo. Se o neerlandês não tinha problemas em chegar ao pé do Ferrari do monegasco, já Piastri não tinha essa facilidade para apanhar o piloto da Haas. Não com as poucas voltas que faltavam.
Ambos os pilotos estavam prestes a apanhar os seus perseguidos, quando na volta 69... Carlos Sainz Jr. parou na pista, atrás da barreira, e foi o suficiente para que accionassem o Safety Car Virtual, que aparentava ficar assim até à meta... mas ainda deram meia volta. Contudo, o espectáculo já estava estragado, e se Norris ganhava, Max só ficava com o lugar mais baixo do pódio. E com o quinto posto de Piastri... a diferença entre os dois primeiros era de um ponto, com Lando na frente.
A quatro corridas do fim, vai ser um final da temporada de ficar com os cabelos em pé.
Sem comentários:
Enviar um comentário