domingo, 1 de julho de 2007

Extra-Campeonato: Até que ponto chegou o jornalismo americano!

O nome mais falado do momento pode ser Paris Hilton. Mas agora juntou-se outro nome: Mika Brzezinski. Quem é ela? É jornalista, filha de um antigo conselheiro de Jimmy Carter, (1976-1980) e achou que colocar uma noticia sobre Paris Hilton no topo da actualidade era um insulto, e decidiu rasgá-la... em directo!


A história é simples: quem escolhe o alinhamento de um qualquer Telejornal é o director de informação, numa reunião que faz com o "pivot" e com o produtor. eu sei disso porque assiti a muitas, nos meus tempos de estágio na RTP. Ou seja, o pivot não tem controlo sobre o que faz, dá simplesmente a cara pelas noticias. O máximo que faz é alterar o seu conteúdo, ou seja, os lançamentos (jargão jornalistico para a frase que serve para abrir a noticia) se acha que está mal escrito ou coisa assim.

Ora, O que ela fez foi dizer que aquilo não era uma peça digna de abertura de um Telejornal. A libertação de uma loirinha meia burra, herdeira rica, que esteve um mês de cadeia por ter conduzido sem carta. Que é motivo para fazer peça, é sim, mas não para abrir um Telejornal! Mesmo que seja uma de manhã...


É só para verem até que ponto chegou um certo jornalismo em certas partes do mundo. Falar de celebridades em primeiro lugar, e deixar outros assuntos importantes para segundo plano. Como dizia a Lucy, quando via o Charlie Brown: "Acho que o mundo está a acabar..." Por mim, apludo de pé a atitude da senhora Brzezinski. Para ter tomates, não é preciso tê-los fisicamente!

1 comentário:

Unknown disse...

EUA, País estranho, nunca lá fui mas tenciono. O que sei sobre a nação e sobre as suas gentes baseia-se a penas no que leio e com no convívio com um americano aqui no instituto...

Já nada me surpreende neste país, tão pouco me surpreende esta história na notícia rasgada. Na América não acho estranho "Falar de celebridades em primeiro lugar, e deixar outros assuntos importantes para segundo plano". Estamos a falar de um país onde a venda de armas a menores é possível, um país com pena de morte em alguns estados, um país que inicia guerras e rasga protocolos. No meio de tudo o que vai mal no Mundo a questão da loirinha é sem dúvida desprezável, no entanto pergunto, se o comum Americano não se interessa pelas questões realmente importantes das quais o seu país é o grande responsável, qual o mal da notícia de abertura ser sobre uma jeitosa?

Não aplaudo em pé faltas de profissionalismo, ainda por cima por se tratar de uma notícia menor... A tal senhora podia muito bem ter dado a sua opinião sem fazer este tipo de figuras. "A pena é mais forte que a espada"... enfim, uma derrota para o jornalismo Americano...