Ao longo da história da Formula 1, muitos foram os pilotos cujo talento para conduzir era inversamente proporcional ao tamanho da carteira. Houve alguns que sobressaíram, mas o normal era serem muito ricos, mas tiveram um palmarés modesto. O mexicano Hector Rebaque foi um deles.
Héctor Alonso Rebaque nasceu a 5 de Fevereiro de 1956 na Cidade do México (tem actualmente 51 anos). Filho de um rico latifundiário, com interesses em várias áreas, Começa a correr no inicio dos anos 70 na sua terra natal. Em 1975, vem para a Europa para correr na Formula 2 europeia, onde consegue três pontos.
Em 1977 arranja dinheiro para tentar a sua sorte na Formula 1. Corre num Hesketh a partir do GP da Bélgica, mas em seis tentativas, só consegue correr na Alemanha, onde não termina. Em 1978, decide fundar a sua equipa, a Team Rebaque. Usando um chassis Lotus 78, alterna não qualificações com boas participações. E inesperadamente, em Hockenheim, consegue um sexto lugar! Esse ponto vai-lhe dar o 19º lugar no campeonato.
Em 1979, compra um Lotus 79 a Colin Chapman, pensando que tinha entre mãos um chassis vencedor. Puro engano: apesar de participar mais regularmente, o melhor que conseguiu foi um sétimo lugar na Holanda. Entretanto, tinha encomendado à Penske um chassis, desenhado por Geoff Ferris, com a ajuda técnica de… John Barnard, no início da sua carreira. Participou nas três corridas finais da temporada, mas só conseguiu participar no GP do Canadá, não terminando. No final da época, Rebaque fecha as actividades da sua equipa.
Sem carro no inicio de 1980, a meio da temporada, Bernie Ecclestone procura-o para que substitua o argentino Ricardo Zunino. Este aceita, e leva consigo o patrocínio da petrolífera mexicana PEMEX. Na sua primeira corrida fica perto dos pontos, mas só no Canadá é que consegue verdadeiramente chegar lá. Esse sexto lugar vai dar-lhe o 20º lugar na classificação final do campeonato.
Em 1981, mantêm-se a dupla Piquet/Rebaque, e o mexicano tem uma excelente temporada. Termina por três vezes no quarto lugar, e tem um quinto em Silverstone, terminando no 10º lugar do campeonato, com 11 pontos. Parece bom, mas o seu companheiro Nelson Piquet é campeão do Mundo com mais 40 pontos do que o seu companheiro mexicano!
Contudo, no final da época, Rebaque é substituído por Riccardo Patrese, e este decide mudar de agulha para os Estados Unidos. Faz uma temporada na CART, a bordo da Forsythe Racing, e ganha uma corrida, no circuito de Road América. No final de 1982, decide abandonar as corridas de vez.
O seu palmarés na Formula 1: 58 corridas em cinco temporadas, 13 pontos. Apesar de não ter nem um décimo do talento dos irmãos Rodriguez, Rebaque consegue ser o segundo piloto mexicano com melhor palmarés da Formula 1. Quem diria, hein?
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