segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O piloto do dia - Stefano Modena

Acho engraçado quando recuo uns anos no tempo para falar principalmente da armada italiana, que muito prometeu na década de 80, com a quantidade de piloto que colocou no partamar mais elevado, e que muito poucos resultados teve. Principalmente a personagem que vou falar hoje: Stefano Modena. Um excelente piloto, mas que no final teve poucos resultados. E foi uma pena...

Stefano Modena nasceu a 12 de Maio de 1963 na mesma cidade que carrega no seu apelido. Começou a carreira no karting, e em 1980 torna-se campeão do mundo junior. Três anos mais tarde, mete-se nos monolugares, peimrio na Formula Ford, e dois anos depois, estreia-se na Formula 3 italiana, onde no ano seguinte, fica na quarta posição do campeonato. No ano seguinte, muda-se para a Formula 3000, onde vence três corridas e torna-se campeão da categoria, sucedendo a outro italiano: Ivan Capelli.

No final de 1987, Stefano Modena tem uma chance para se estrear na Formula 1, a bordo de um Brabham, substituindo o seu compatriota Riccardo Patrese, que tinha marchado para a Williams. A sua aventura australiana terminou na volta 31 por problemas físicos.


Em 1988, Modena vai para uma nova equipa, a Eurobrun, uma combinação italo-suiça entre Gianpaolo Pavenello (que cuidou da Alfa Romeo nas suas duas últimas temporadas na categoria máxima), e o suiço Walter Brun. As suas performances foram aquelas que se esperavam de uma equipa com pouco dinheiro e que raramente saía do fundo do pelotão... quando conseguia se qualificar. No final, o melhor que Modena conseguiu foi um 11º lugar na Hungria.


Em 1989, transferiu-se para a Brabham, que estava de regresso à Formula 1, onde as suas performances foram bastante melhores, mas só pontua uma vez. E logo com um pódio! O terceiro lugar, no Circuito de Montecarlo, fez com que acabasse a temporada no 16º lugar da classificação, com quatro pontos. Já agora, esse pódio no Mónaco iria ser o último da Brabham na sua longa carreira na Formula 1... Em 1990, continua na equipa, mas para além de um quinto lugar em Phoenix, as performances não foram grande coisa. Esses dois pontos deram-lhe, no final da época, o 16ª lugar da classificação final, com dois pontos.


Contudo, a agitação no final dessa temporada, com a Ferrari a contratar Jean Alesi, e o interesse da Benetton em Modena, que não deu em nada devido ao "lobby" de Nelson Piquet em contratar Roberto Moreno como segundo piloto da equipa, fez com que a Tyrrell o contratasse para a temporada de 1991, onde iriam receber... motores Honda V10!


Modena aproveitou bem o novo carro, e logo em Phoenix, acaba em quarto lugar. E a coisa parecia continuar nas corridas seguintes: em Imola, Modena ia em terceiro quando o motor calou-se, no Mónaco, consegue a sua melhor classificação de sempre, um segundo lugar, e estava nessa posição até quebrar o motor, na volta 42, e em Montreal, com a inesperada vitória de Nelson Piquet, Modena sobe ao pódio pela segunda (e última vez) da sua carreira, no segundo lugar. Mas as boas prestações acabaram aí. Somente em Suzuka é que Modena volta a pontuar, acabando a corrida na sexta posição. No final da época, Modena acaba em oitavo lugar, com dez pontos e um pódio.


Isso foi suficiente para que Eddie Jordan o notasse e o contratasse para a temporada de 1992. No ano anterior, a Jordan tinha sido a equipa sensação daquele canpeonato, para além de ter revelado um dos melhores pilotos de todos os tempos: o alemão Michael Schumacher. Contudo, em 1992, a Jordan tinha motores Yamaha V12, e Eddie jordan tinha decidido desenvolver uma caixa de velocidades sequencial.


Resultado: as performances ficaram muito abaixo das possibilidades. Para além disso, a sua maneira de estar , fechada e compenetrada em si mesmo, de um modo frio e distante, não combinava bem com o exultado e exaltante patrão, e os seus mecânicos. Ao longo do ano, as relações foram-se deteriorando, e as não qualificações em Kyalami, Barcelona, Hockenheim e Monza, só vieram piorarar as coisas... No final, somente em Adelaide, Modena dá o único ponto do ano para a equipa. Esse sexto lugar classificou-o na tabela final de pilotos num pálido 17º lugar. Essa foi a sua última corrida na Formula 1.

A sua carreira na Formula 1: 81 Grandes Prémios, em seis temporadas (1987-92), dois pódios, 17 pontos.


Após a sua saída da Formula 1, Modena evoluiu no DTM, ao serviço da Alfa Romeo, nas temporadas de 1994 e 1995, com os seus companheiros Nicola Larini e Alessandro Nannini. Quando o DTM fez a sua primeira pausa, em 1996, Modena voltou-se para os Turismos italianos, onde ficou até 2000, altura em que se retirou de vez. Hoje em dia, é de piloto testes para a Bridgestone.

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