Segunda feira é dia de mais uma historieta da Formula 1, e hoje falo de um homem que, apesar de ter tido uma grande carreira na categoria máxima do automobilismo, não soube parar quando chegou a hora: Nigel Mansell.
Depois do título mundial de pilotos em 1992, aos 39 anos, e da CART, logo no seu ano de "rookie" em 1993, voltou à Formula 1 durante algumas corridas em 1994, para substituir o malogrado Ayrton Senna na Williams. Esse regresso rendeu-lhe uma vitória na corrida final, na Austrália.
Como a Formula 1 ansiava por ídolos, foi contratado pela McLaren para fazer parte da época de 1995, ao lado do finlandês Mika Hakkinen, no ano em que se estreava a actual parceria com a Mercedes. contudo, o alto e já gordo Mansell não cabia no chassis, e as duas primeiras corridas, foi substituido pelo terceiro piloto da marca, Mark Blundell. Voltou à Formula 1 em Imola e em Barcelona, mas nada fez, e pouco depois, ambos os lados seguiram cada um o seu caminho, com Blundell a substitui-lo para o resto da época.
No final de 1996, Eddie Jordan procurava um substituto para Martin Brundle, que decidira retirar-se da competição, e para Rubens Barrichello, que rumava para a neófita Stewart. Já tinha garantido os serviços de Ralf Schumacher, irmão de Michael Schumacher, que iria estrear-se na Formula 1, e procurava um piloto experiente, para o ajudar na sua temporada de estreia. Tentou o novo campeão do Mundo, Damon Hill, mas ele nessa altura já tinha assinado pela Arrows.
Então, a Jordan vira-se para Nigel Mansell, pois o patrão tinha a promessa de um contrato de oito milhões de libras por parte da tabaqueira Benson & Hedges. O teste é marcado para Dezembro de 1996, no circuito de Barcelona, e Mansell, com 43 anos... anda bem mais lento que o resto da concorrência. Só para terem uma ideia, no primeiro dia, é quarto segundos mais lento que o melhor piloto desse dia, o Williams de Jacques Villeneuve.
No final dos três dias, apesar de afirmar estar disposto a correr mais uma temporada, Eddie Jordan decide escolher outro novato, o italiano Giancarlo Fisichella, para a segunda vaga da equipa, e assim, o irlandês corre a temporada com dois novatos, conseguindo na temporada de 1997 o total de 33 pontos, dois pódios, uma volta mais rápida e o quinto lugar no Mundial de Construtores.
1 comentário:
Teria sido muito legal ter visto o Mansell por mais uma temporada...
Ele que era um verdadeiro guerreiro...
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