A reunião de ontem, onde se decidiu que a McLaren teria uma exclusão de três corridas, pena suspensa durante um ano, decidiu também o tecto orçamental com a qual as equipas passariam a contar em cada ano, a partir de 2010. Asim sendo, a FIA decidiu que esse tecto seria de 40 milhões de libras (44 milhões de euros), mais dez milhões do inicialmente proposto por Mosley.
Este valor deverá incluir todas as despesas respeitantes ao desenvolviemnto do carro, mas não as acções de marketing e de alojamentos, salários de pilotos, custos dos motores, e outros gastos que sejam comprovados não terem influência na performance dos carros. Para controlar as despesas, irá ser formado uma Comissão de Controlo de Custos para colocar em prática estas medidas de forma eficiente.
Contudo, esse tecto orçamental é uma medida que continua a ser de adopção voluntária. Caso as equipas adoptem esse tecto orçamental, terão uma maior liberdade técnica, como asas móveis tanto à frente como atrás, motores sem limite de rotações e fim das restrições de testar após e antes da temporada, bem como do uso dos túneis de vento. Caso recusem, tudo isso será estritamente controlado.
Mas o conselho decidiu mais do que o controle de custos. Os reabastecimentos serão abolidos em 2010 e o numero de lugares na grelha de partida será alargado para os 26. Quaisquer novas equipas que apareçam no próximo campeonato, poderão fazer as suas inscrições entre os dias 22 e 26 de Maio. A juntar a tudo isto, foi também decidido proibir do uso dos cobertores de aquecimento dos pneus e de quaisquer outros sistemas com função semelhante.
Em suma, só falta a introdução dos motres Turbo para voltamos vinte e cinco anos no tempo... mas recuar no tempo não significa recuar na segurança? Esperemos que não!
3 comentários:
cortar custos em parte para ter um limite de desenvolvimento maior???? me soa controverso...
O último parágrafo disse tudo, Speeder. É justamente isso que questiono: este ano tivemos reduções drásticas na aerodinâmica dos carros. Para 2010, querem novamente tornar ilimitada a potência do motor, além de estreitar os pneus dianteros e eliminar as mantas térmicas. Nós já vimos esse filme antes, não? E sabemos perfeitamente qual foi o resultado, aconteceu há 15 anos.
A FIA quer retroceder no tempo, mas deveria apegar-se apenas às coisas boas daquela época. Pelo jeito, querem relembrar também os traumas e erros... vamos ver no que dá!
Não temo tanto pela segurança, os autódromos estão mais seguros do que nunca, os carros também.
Se a F-1 exagerar no pensamento sobre a segurança, acaba deixando de evoluir em busca do espetáculo.
A FIA passou anos engajada na segurança da categoria e o objetivo foi alcançado, o avanço está aí, com áreas de escape gigantecas e células de sobrevivência altamente eficientes, nada disso será perdido, então é hora de se voltar para as disputas de pista, que é o que o público gosta de ver.
Acho que a FIA está certa em arriscar mais mudança na categoria, só espero que um dia acertem a mão e resolvam parar de exagerar nas mudanças intensas de um ano para o outro. O ideal é ver a F-1 mudando pouco de um ano para o outro, faz tempo que as alterações são sempre profundas. Em 2009, inclusive, foi o ápice.
Enviar um comentário