A quarta ronda do campeonato do mundo de Formula 1 decorreu, por fim, num dia "normal": após a hora do almoço, sob céu limpo e com calor. O chato é que tivemos de ir ao deserto para termos um ambiente desses... Esta era uma corrida onde poderiamos ver a hipótese de uma nova equipa estrear-se nas vitórias, a terceira vez em quarto corridas, o que é inédito em muito tempo...
Era nestas condições que máquinas e pilotos se prepararam para dar 57 voltas ao circuito de Shakir. E na partida, Os toyota param para a frente, sem serem incomodados, com Timo Glock à frente de Jarno Trulli. Mais atrás, Lewis Hamilton passou para a terceira posição, mas Jenson Button o ultrapassou uma volta depois. Sebastien Vettel vinha a seguir, pressionado por Rubens Barrichello, e depois vinha os Ferrari de Kimi Raikonnen e Felipe Massa, Fernando Alonso e Nico Rosberg. Na cauda estavam Kazuki Nakajima e Robert Kubica, que tinham tocado entre si e ido às boxes.
As voltas seguintes foram sem história, mas quando os Toyota foram à boxe, na volta onze, Trulli saiu das boxes pressionado por Fernando Alonso, que o atacou e o ultrapassou, numa manobra muito corajosa (sim, ultrapassar por fora numa curva à direita não está nos livros...). algumas voltas depois, algo anormal: Rubens Barrichello fica preso atrás de... Nelson Piquet Jr. Um duelo nacional e uma oportunidade de resolver alguns problemas. Mas Piquet tinha calçado o KERS e podia aguentar melhor os ataques do carro da Brawn GP. No final acabou por o ultrapassar, mas Rubinho reclamou...
Mas havia factos a serem referidos: os Toyota tinham decidido colocar pneus duros nos seus carros, e tinham decaido de andamento. Assim, Glock não aguenta a liderança e passa-a para as mãos de Jenson Button, que ficava na frente de Trulli e Vettel, quando faltavam 35 voltas para o fim.
O resto da corrida foi, em muitos aspectos, decidido nas boxes: Button fica na frente, com Trulli, Vettel e Barrichello atrás, colados que nem lapas. Colados... mas não se ultrapassavam. A dez voltas do fim, o brasileiro foi às boxes e ficou logo à frente de Kimi Raikonnen, que por sua vez, estava a ser assediado por Timo Glock. Mas o quinto lugar era dele, e atrás ficava Kimi Raikonnen, que deu os primeiros três pontos do ano à Ferrari, Timo Glock e Fernando Alonso.
E na meta, Jenson Button dá á Brawn GP a terceira vitória do ano, com Sebastien Vettel a ficar com o segundo posto, e a subir ao segundo lugar do campeonato, e o veterano Jarno Trulli a completar o pódio. Com este resultado, e numa corrida nestas condições, pode-se dizer que este deve ser o melhor espelho da Formula 1 actual, em ano de revolução no pelotão. E mesmo o quarto lugar de Lewis Hamilton, pode-se afirmar que a McLaren está a conseguir menorizar os estragos que à partida iriam ter...
Agora, a Formula 1 vai para a Europa, mais concretamente Barcelona, onde dentro de 15 dias estará naquela que é, para muitos, a mais aborrecida e mais usada pista da Formula 1 actual. Teremos mais emoção, com estes carros, na Catalunha? Veremos...
2 comentários:
Bahrein é certamente um ótimo termômetro (trocadilhos à parte) da Fórmula 1 atual. Além de não ter chovido, foi o lugar onde várias equipes realizaram testes pré-temporada.
Alonso pode passar a prova inteira despercebido, mas não raro dá essas mostras fantásticas de talento.
Não achei a prova exatamente emocionante, correr no deserto em um lugar como Sakhir é um tanto injustificável, exceto pela força da grana. Isso é um pouco triste.
Eu espero que as próximas corridas tenham emoção, porque acho que esse foi um artigo de luxo e em falta na prova do Bahrein. Speed, senti falta de um post seu sobre a Nascar.Bjs
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