segunda-feira, 27 de julho de 2009

O piloto do dia - Philippe Alliot

Foi um dos pilotos que preencheu a grelha de Formula 1 nos anos 80 e 90. Teve uma má reputação entre os pilotos pela sua propensão em se envolver em acidentes, ao ponto de James Hunt o chamar de "um dos piores pilotos a entrar num Formula 1". Mau piloto ou não, teve uma carreira extensa ao serviço de equipas francesas, e depois da Formula 1, ainda teve sucesso nos Sport-Protótipos, ao serviço da Peugeot. No dia do seu 55º aniversário, falo-vos de Philippe Alliot.

Nascido a 27 de Julho de 1954 em Voves, no centro de França, de uma familia de proprietários, começou a sua carreira competitiva muito tade, após cumprir o serviço militar... nos Caçadores Alpinos, o regimento de elite que patrulha os Alpes Franceses. Em 1975, quando estudava Ciência Politica na Universidade, decidiu inscrever-se no Volant Motul, cujo curso se disputava no circuito de Nogaro. Apesar de ter ficado na segunda posição, foi o suficiente para que eles dessem um volante em 1976, para correr na Formula Renault. Nessa competição esteve durante três épocas, conseguindo alcançar o título em 1978. No ano seguinte, passou para a Formula 3 francesa, onde foi terceiro classificado no campeonato, atrás de Jean-Louis Schlesser e do vencedor... Alain Prost.

Em 1980 passa para a Formula 3 europeia, onde terminou na quinta posição do campeonato, sem ganhar corridas. No ano seguinte, ao lado do seu compatriota Alain Ferté, vence duas corridas em França e é terceiro classificado na competição. A temporada de 1982 foi pior, mas decidiu dar um pulo em frente na temporada de 1983, quando competiu na Formula 2, num Martini.

Foi uma participação difícil, mais ainda em 1983, faz uma participação nas 24 horas de Le Mans, ao lado de Mário Andretti e do seu filho, Michael Andretti. Num Kremer Porsche, conseguem chegar ao fim na terceira posição, um bom resultado para três "outsiders"... No final do ano, Alliot tem a oportunidade de se estrear na formula 1 ao voltante dos RAM, equipa comandada por John McDonald. Os carros, com motor Hart Turbo, eram velozes, mas raramente chegavam ao fim. no final do ano, o melhor que tinha conseguido foram dois décimos lugares, no Canadá e na Holanda. Mas Alliot somente terminou três corridas em 16 possiveis...

Alliot continuou na RAM em 1985, agora ao lado do alemão Manfred Winkelhock, mas as dificuldades continuavam. o nono lugar no Brasil foi o seu melhor resultado nesse ano. Aliás, foi a unica vez que chegou ao fim nesse ano... ainda teve uma passagem fugaz pela Formula 3000, ao serviço da BS Automotive, onde foi sexto em Dijon. No ano seguinte, apesar de ter feito um teste pela Ligier na pré-época, a falta de oportunidades fez aceitar um convite da Oreca para competir na Formula 3000, num March. Venceu em Dijon, mas a meio da época, foi chamado por Guy Ligier para substituir Jacques Laffite, que tinha se lesionado nas pernas, após o GP da Grã-Bretanha, em Brands Hatch.


Alliot correu na segunda parte da temporada, onde conseguiu o seu primeiro ponto no GP do México. Estes resultados fizeram com que uma nova equipa, montada pelo ex-piloto Gerard Larrouse, e com um chassis Lola, estivesse interessado nos seus serviços. Na temporada de 1987, Alliot conseguiu levar o carro aos pontos por três vezes (Alemanha, Espanha e México), todas na sexta posição... Terminou no 18º lugar, com três pontos.


Continua na Larrousse nas duas temporadas seguintes, sem melhorar os resultados. Pelo meio, sobrevive a um espectacular acidente nos treinos do GP do México de 1988, quando bate no muro de protecção das boxes após um despiste na curva Peraltada. Não pontuou em 1988, mas na temporada de 1989, consegue chegar ao sexto lugar no GP de Espanha, ficando classificado na 26ª posição na tabela final.


Em 1990 transfere-se para a Ligier, onde falha chegar aos pontos, num carro que era mau desenhado, com um motor pouco potente. ainda por cima, ganhava uma reputação de causador de acidentes, sendo um bom exemplo o GP da Alemanha daquele ano, quando bateu no Dallara de Emanuelle Pirro... No final daquele ano sai da Formula 1 para correr nos Sport-Protótipos, ao serviço da Peugeot.


Estando na Peugeot no Mundial de sport-Protótipos, foi muito mais feliz nesta competição, ao voltante do modelo 905. Alliot deu à marca a sua ptimeira vitória na competição, vencendo os 430 km de Suzuka, em conjunto com o italiano Mauro Baldi. Terminou a temporada na terceira posição, e em 1992, numa altura em que o Mundial de Sport-Protótipos estava a dar os seus últimos passos, venceu em Donnington e Magny-Cours, simbólicamente a última prova do Mundial sancionado pela FIA. Em ambas as ocasiões, Mauro Baldi era o seu parceiro de condução. Terminou de novo na terceira posição do campeonato, e nas 24 horas de Le Mans, foi terceiro na corrida, ao lado de Baldi e Jean-Pierre Jabouille.


Terminada a ventura dos sport-Protótipos, voltou para a Formula 1, de novo ao serviço da Larrousse. Consegue em Imola o seu melhor resultado da sua carreira, um quinto lugar, a unica vez que pontua nesse ano. Mas no final desse ano, Alliot já tem 39 anos, e as suas oportunidades de correr mais uma temporada parecem ser minimas. Sendo assim, aceitou um lugar como piloto de testes da McLaren, que nesse ano tinha assinado um acordo de fornecimento de motores com a Peugeot.


Pensava-se que a sua carreira na Formula 1 estaria encerrada, mas não. Após o GP da Alemanha, A FIA decidiu suspender Mika Hakkinen por uma corrida, e em Hungaroring, Alliot correu com o McLaren. 14º na grelha, a sua participação durou 21 voltas, até que uma fuga de água termina a sua participação. Mas se julgava que seria a sua última corrida na Formula 1... não. A Larrousse pediu para que corresse no GP da Belgica, no lugar de Olivier Beretta, onde só durou 11 voltas, até que o motor explodiu. Assim, encerrava a sua carreira na competição máxima.


A sua carreira na Formula 1: 116 Grandes Prémios, em nove temporadas (1984-90, 1993-94), sete pontos.


Após a sua carreira, voltou para as corridas no gelo e o Paris-Dakar. Fundou com David Halliday uma equipa de GT, a Force One Racing, que se tornou campeã de França em 2001. Por algum tempo foi comentador dos Grandes Prémios de Formula 1, e aparentemente tentou ter uma carreira politica. Hoje em dia, tem um kartódromo com o seu nome, gerido pelo seu irmão Franck, no departamento da Vendeia, no centro de França.


Fontes:

1 comentário:

Anónimo disse...

Speeder, faça um post sobre o francês Franck Lagorce no dia do aniversário dele, 1 de setembro.

Atenciosamente.