Este estava a ser um fim de semana agitado. O acidente de Felipe Massa na qualificação, e a avaria no sistema de cronometragem no final dessa mesma qualificação, que nos impediu de ver quem tinha sido o "poleman" (depois soubemos, pela boca do anãozinho tenebroso, que o Fernando Alonso foi o mais rápido), indicava que a edição deste ano no "chato" circuito de Hungaroring poderia não ser tão chato assim... e sem chuva!
Com a história dos depósitos, sabiamos que Alonso iria largar muito, mas muito leve. E que tinha a seu lado os Red Bull, que tinham vencido a batalha da grelha face à Brawn GP, que tinha Jenson Button no sétimo posto e Rubens Barrichello na 13ª. E os McLaren de Lewis Hamilton e Heiki Kovalainen estiveram bem melhor do que nas outras provas, com o actual campeão do mundo a partir na quarta posição.
Existiam expectativas para esta corrida, e elas não foram defraudadas. Na partida, Alonso ficou na frente e Hamilton conseguiu ficar na segunda posição, com Mark Webber e Sebastian Vettel a atrasarem-se. No caso do alemão, a coisa foi um pouco mais dramática, pois envolveu-se num incidente com Kimi Raikonnen, dando um toque que teve consequências no carro do piloto alemão, que não se demonstraram logo.
Nas primeiras dez voltas, Alonso aguentava-se na frente de Hamilton e Webber. Mas na volta 11, tudo muda: a primeira paragem de Alonso corre bem, mas o pneu dianteiro direito não fica apertado e salta fora após meia volta, danificando irremediavelmente a suspensão. Quando abandonou na volta 12, toda a estratégia daquele fim de semana tinha ido por água abaixo.
Assim, a liderança caia ao colo de Hamilton, que tinha de se haver agora com Webber e Raikonnen, pois Button estava demasiado longe, Vettel tinha problemas e Rosberg não era uma ameaça. O inglês consegue manter a liderança, numa corrida sem problemas, algo inédito este ano, enquanto que atrás dele, todos tinham problemas nas boxes, sendo o mais relevante o momento em que Webber quase batia em Raikonnen.
Pouco depois, o aviso que o incidente na partida entre Raikonnen e Vettel iria ser investigado no final da corrida. Para Vettel, isso não iria afectar a sua classificação, pois desistira com problemas na suspensão. Quando falou á imprensa, disse o que vinha na alma: "O Raikkonen destruiu-me o carro no arranque! Acabou com a minha corrida!"
Mas após a metade da corrida, as coisas voltaram ao normal hungaro: corrida chata, sem grandes ultrapassagens. Havia aproximações, mas nada de especial. Via-se que esta parte não iria ter história, mesmo após as paragens nas boxes. Mas via-se que iria acontecer algo inédito este ano: o McLaren de Lewis Hamilton a voltar aos bons velhos tempos, ganhando uma corrida!
E assim aconteceu: Hamilton vencia, com Kimi Raikonnen em segundo e Mark Webber em terceiro. Com este resultado, o australiano tornava-se agora no maior rival de Jenson Button para o título mundial, ele que terminava a corrida na sétima posição, atrás de Rosberg, Kovalainen e Glock, e à frente de Jarno Trulli. Pior ficaram Rubens Barrichello, que foi décimo (atrás de Nakajima) e Nelson Piquet Jr., que foi 12º, no que foi, provavelmente, a sua última corrida deste ano...
Uma nota final para o catalão Jaime Alguersuari. Cumpriu o que tinha a fazer, levou o carro até ao fim e... não ficou em último lugar! Pior do que ele foi o seu companheiro Sebastien Buemi.
2 comentários:
O atual campeão andou muito em Hungaroring e a McLaren voltou ao seu lugar de direito, o mais alto do pódio. É bom ver a Flecha Prateada na frente novamente.
Leandro Montianele
http://historiasevelocidade.blogspot.com/2009/07/uma-vitoria-reveladora.html
novo post no Historias e Velocidade, comentando a corrida, que revela muito mais do que parece sobre as estruturas de poder na F1. E agora com notas da equipe do blog!
Abraços
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