Hoje, a etapa entre La Rioja e Fiambalá foi a primeira em que os concorrentes do Rali Dakar 2010 começaram a enfrentar verdadeiramente a areia, e como seria de esperar, as dificuldades foram grandes para os concorrentes, e provavelmente esta será a primeira grande dificuldade que eles estão a enfrentar numa competição verdadeiramente de maratona, quer para homens, quer para máquinas.
No final do dia, os portugueses, apesar de se terem portado bem nesta etapa, não deixaram de referir às dificuldades sentidas durante o dia de hoje. No caso de Carlos Sousa, apesar do bom desempenho, teve muitos problemas de inicio, especialmente quando ficou bloqueado pelo Volkswagen de Giniel de Villiers, o vencedor do ano passado.
"Foi uma etapa difícil de início ao fim e também repleta de peripécias", começa por explicar o piloto do Mitsubishi. "Larguei para a especial logo atrás do Giniel de Villiers, o que até parecia positivo, visto ser um piloto rápido e bom a navegar, ou não fosse ele vencedor da última edição. Só que por azar, ele capotou logo ao km 7 da especial e o seu carro ficou a barrar a pista. Fiz várias tentativas para tentar contorná-lo, só que acabei atascado mesmo ao lado dele, perdendo 10 a 15 minutos até conseguir sair do local, também porque acabamos por derreter a embraiagem", recorda o piloto, em declarações captadas pelo Autosport português.
Longe de se dar por vencido por este contratempo, Carlos Sousa partiu então atrás do prejuízo, decidido a recuperar do atraso: "Estava com um ritmo forte e já tinha ultrapassado alguns dos carros que me tinham passado antes... Só que ao cruzar um rio, ignorei a nota do meu navegador e ao invés de seguir pela esquerda, fui pela direita atrás de duas Nissan. Resultado? Mais uns quantos minutos perdidos até perceber o erro e voltar atrás para apanhar a pista correcta. Outra vez a recuperar ritmo e novo contratempo, quando não consegui ultrapassar a primeira duna, tendo que voltar atrás para baixar a pressão dos pneus", prosseguiu.
"A parte final parecia estar a correr muito bem e sentia-me cada vez mais confiante no carro. Só que a 10 quilómetros do fim, quebramos novamente o ritmo ao ter que substituir um pneu furado, numa operação em que demoramos mais do que é habitual devido ao calor e cansaço acumulado. Enfim, foi uma especial bastante dura e com muitas peripécias à mistura, muito a fazer lembrar o Dakar africano. Mas com maior ou menor dificuldade, o certo é que conseguimos ultrapassar todas as adversidades e no final fomos premiados com a subida ao sexto lugar da geral. Falta ainda muita corrida e nada está seguro. Mas é claro que esta classificação dá-me outra motivação para enfrentar as etapas que se seguem", concluiu.
No caso de Miguel Barbosa, o outro piloto português de JMB Stradale, a etapa teve um gosto amargo, já que eram oitavos na etapa quando a 25 quilómetros do fim, tiveram problemas na temperatura da gasolina, que fez desligar o motor do seu carro. Só após uma hora é que conseguiram colocar de novo o motor a funcionar, terminando a etapa no 17º posto, caindo para o 18º lugar da geral.
"Estávamos com muita confiança e a fazer uma etapa isenta de qualquer erro. Vínhamos de forma sistemática a fazer ultrapassagens e já estávamos na traseira do Carlos Sousa, faltavam 25 quilómetros para o final da especial, quando o Mitsubishi simplesmente parou. O motor não dava qualquer sinal devido a um problema de 'vapor lock' que é no fundo um sobreaquecimento da temperatura da gasolina", começou por explicar Miguel Barbosa ao Autosport português.
"A nossa experiência nas dunas estava a ser fantástica, tudo a sair na perfeição. Esperámos mais de uma hora, fomos vendo os carros que ultrapassámos a passarem por nós e só depois é que o carro voltou a ligar. Conseguimos terminar a especial depois de muito tempo perdido. A equipa vai averiguar o que se passou, pois na estrutura não fui o único com este problema, e assegurar que não se volta a repetir", disse.
"Ficámos obviamente mais longe mas ainda há muito rali pela frente e tudo pode acontecer. Apesar da desilusão normal desta situação, não vou baixar os braços. Vou continuar a lutar com todas as minhas armas e esperar para ver o que acontece no final", concluiu o piloto da Mitsubishi.
Já Guilherme Spinelli, o piloto brasileiro da equipa Mitsubishi, teve um bom dia nesta etapa. O facto de ter acabado no décimo lugar na etapa e de terem subido ao oitavo lugar da geral, sendo agora o melhor brasileiro em prova, já é um motivo de satisfação. E o piloto agradeceu ao seu navegador, o português Filipe Palmeiro, pela sua prestação: "Como previmos, hoje o rali começou de 'verdade'. A especial foi bastante difícil e eu queria aproveitar para agradecer publicamente este bom resultado de hoje ao meu nagevador Filipe. Ele me transmitiu muita segurança e me orientou bastante nas dunas", elogiou Spinelli.
Já Palmeiro falou das dificuldades de hoje: "Foi um dia bem legal mesmo, apesar de toda a dificuldade técnica da especial. Apesar de ter sido um bom dia, passamos por umas três situações que tivemos que parar e resolver. De qualquer forma, se todos os dias forem como o de hoje, podemos chegar ao final do rali entre os cinco primeiros", afirmou.
Para ele, serão grandes os desafios a partir de amanhã, quando os pilotos atravessarem os Andes e chegarem ao deserto do Atacama, no Chile: "A região do Atacama tem dunas muito grandes e fofas, as maiores que eu já vi. Tive a oportunidade de conhecê-las em 2007 e acredito que as dunas dessa região serão o primeiro filtro do rally", revelou o navegador português.
No final do dia, os portugueses, apesar de se terem portado bem nesta etapa, não deixaram de referir às dificuldades sentidas durante o dia de hoje. No caso de Carlos Sousa, apesar do bom desempenho, teve muitos problemas de inicio, especialmente quando ficou bloqueado pelo Volkswagen de Giniel de Villiers, o vencedor do ano passado.
"Foi uma etapa difícil de início ao fim e também repleta de peripécias", começa por explicar o piloto do Mitsubishi. "Larguei para a especial logo atrás do Giniel de Villiers, o que até parecia positivo, visto ser um piloto rápido e bom a navegar, ou não fosse ele vencedor da última edição. Só que por azar, ele capotou logo ao km 7 da especial e o seu carro ficou a barrar a pista. Fiz várias tentativas para tentar contorná-lo, só que acabei atascado mesmo ao lado dele, perdendo 10 a 15 minutos até conseguir sair do local, também porque acabamos por derreter a embraiagem", recorda o piloto, em declarações captadas pelo Autosport português.
Longe de se dar por vencido por este contratempo, Carlos Sousa partiu então atrás do prejuízo, decidido a recuperar do atraso: "Estava com um ritmo forte e já tinha ultrapassado alguns dos carros que me tinham passado antes... Só que ao cruzar um rio, ignorei a nota do meu navegador e ao invés de seguir pela esquerda, fui pela direita atrás de duas Nissan. Resultado? Mais uns quantos minutos perdidos até perceber o erro e voltar atrás para apanhar a pista correcta. Outra vez a recuperar ritmo e novo contratempo, quando não consegui ultrapassar a primeira duna, tendo que voltar atrás para baixar a pressão dos pneus", prosseguiu.
"A parte final parecia estar a correr muito bem e sentia-me cada vez mais confiante no carro. Só que a 10 quilómetros do fim, quebramos novamente o ritmo ao ter que substituir um pneu furado, numa operação em que demoramos mais do que é habitual devido ao calor e cansaço acumulado. Enfim, foi uma especial bastante dura e com muitas peripécias à mistura, muito a fazer lembrar o Dakar africano. Mas com maior ou menor dificuldade, o certo é que conseguimos ultrapassar todas as adversidades e no final fomos premiados com a subida ao sexto lugar da geral. Falta ainda muita corrida e nada está seguro. Mas é claro que esta classificação dá-me outra motivação para enfrentar as etapas que se seguem", concluiu.
No caso de Miguel Barbosa, o outro piloto português de JMB Stradale, a etapa teve um gosto amargo, já que eram oitavos na etapa quando a 25 quilómetros do fim, tiveram problemas na temperatura da gasolina, que fez desligar o motor do seu carro. Só após uma hora é que conseguiram colocar de novo o motor a funcionar, terminando a etapa no 17º posto, caindo para o 18º lugar da geral.
"Estávamos com muita confiança e a fazer uma etapa isenta de qualquer erro. Vínhamos de forma sistemática a fazer ultrapassagens e já estávamos na traseira do Carlos Sousa, faltavam 25 quilómetros para o final da especial, quando o Mitsubishi simplesmente parou. O motor não dava qualquer sinal devido a um problema de 'vapor lock' que é no fundo um sobreaquecimento da temperatura da gasolina", começou por explicar Miguel Barbosa ao Autosport português.
"A nossa experiência nas dunas estava a ser fantástica, tudo a sair na perfeição. Esperámos mais de uma hora, fomos vendo os carros que ultrapassámos a passarem por nós e só depois é que o carro voltou a ligar. Conseguimos terminar a especial depois de muito tempo perdido. A equipa vai averiguar o que se passou, pois na estrutura não fui o único com este problema, e assegurar que não se volta a repetir", disse.
"Ficámos obviamente mais longe mas ainda há muito rali pela frente e tudo pode acontecer. Apesar da desilusão normal desta situação, não vou baixar os braços. Vou continuar a lutar com todas as minhas armas e esperar para ver o que acontece no final", concluiu o piloto da Mitsubishi.
Já Guilherme Spinelli, o piloto brasileiro da equipa Mitsubishi, teve um bom dia nesta etapa. O facto de ter acabado no décimo lugar na etapa e de terem subido ao oitavo lugar da geral, sendo agora o melhor brasileiro em prova, já é um motivo de satisfação. E o piloto agradeceu ao seu navegador, o português Filipe Palmeiro, pela sua prestação: "Como previmos, hoje o rali começou de 'verdade'. A especial foi bastante difícil e eu queria aproveitar para agradecer publicamente este bom resultado de hoje ao meu nagevador Filipe. Ele me transmitiu muita segurança e me orientou bastante nas dunas", elogiou Spinelli.
Já Palmeiro falou das dificuldades de hoje: "Foi um dia bem legal mesmo, apesar de toda a dificuldade técnica da especial. Apesar de ter sido um bom dia, passamos por umas três situações que tivemos que parar e resolver. De qualquer forma, se todos os dias forem como o de hoje, podemos chegar ao final do rali entre os cinco primeiros", afirmou.
Para ele, serão grandes os desafios a partir de amanhã, quando os pilotos atravessarem os Andes e chegarem ao deserto do Atacama, no Chile: "A região do Atacama tem dunas muito grandes e fofas, as maiores que eu já vi. Tive a oportunidade de conhecê-las em 2007 e acredito que as dunas dessa região serão o primeiro filtro do rally", revelou o navegador português.
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