Ando a ler a noticia que saiu esta tarde na imprensa britânica de que a familia Chapman lançou um comunicado de imprensa a decidir dar o seu apoio a Lotus Cars, de Dany Bahar e Tony Fernandes, e que aconselha a que o nome "Team Lotus", bem como a sua herança, não sejam mais usados na Formula 1. Segundo ela, Clive Chapman, filho de Colin Chapman e fundador da Lotus, deixa bem claro que o legado do seu pai pertence ao Grupo Lotus, e não à equipa de Tony Fernandes.
"A familia Chapman está impressionada pelos desenvolvimentos no Grupo Lotus e está agradecida ao Grupo Proton pelos investimentos significativos que estão a fazer para assegurar um futuro forte para a fábrica de Hethel. A familia Chapman está desejosa de continuar a suportar o Grupo Lotus, que é a entidade criada por Colin e Hazel Chapman, pois a marca Lotus é da responsabilidade do grupo, e Hethel é a casa da Lotus", declararam.
Na missiva lê-se ainda que apesar da família de Colin Chapman não ter intenções de ver o nome regressar às competições, já que isso sucedeu, e há uma disputa pelo meio, prefere endereçar o seu apoio ao Grupo Lotus de Dany Bahar.
"Ao longo de 2010, a familia Chapman, sempre que foi necessário, faz questão de dizer que desejava que o nome "Team Lotus" não fosse usado na Formula 1. De facto, deram-nos garantias acerca disso. A identidade da Team Lotus representa o legado da familia Chapman, representado hoje em dia pela Classic Team Lotus. A associação com o Grupo Lotus é muito apreciada e apropriada pelo facto de como manteve as coisas tal como era no tempo de Colin Chapman.", concluiu.
Acho cedo para alguém dizer que com esta declaração esta guerra acabou. Também acho cedo para dizer que fizeram mal em apoiar as pretensões da Proton e de Dany Bahar, mas não fico muito surpreendido. Desde o meio do ano que se ouviam rumores sobre um possivel "perda de favor" por parte da familia, que lhe tinha dado no inicio do ano o chapéu que Chapman usava para celebrar as suas vitórias. Agora tomou uma posição e há que respeitá-la, mas também temos de pensar no seguinte: tirando o filho Clive Chapman, que gere a Classic Team Lotus, a sua influência dos Chapman hoje em dia na fábrica é mais moral do que fisica.
Aquilo que posso tirar disto tudo é que esta tomada de posição é mais um distanciamento da guerra entre as duas partes do que dizer 'nós apoiamos A ou B'. Em suma, direi que isto é mais um capitulo desta guerra cujo fim ainda está muito longe. Só o tempo dirá se Fernandes continuará a persistir nisto, ou quando (e se) a megalomania da Proton e da Lotus rebentará.
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