Os regulamentos para 2013 continuam a ser assunto de conversa entre as equipas e a FIA, liderada por Jean Todt. O motor de 1.6 litros Turbo, de quatro cilindros em linha, é algo que é aceite por muita gente, excepto a Ferrari, que vocaliza a sua oposição, alegando que não tem motores desses na sua gama de carros de estrada, preferindo um motor V6 Turbo ou então uma maior liberalização nos motores. Mas Todt está firme: "Nada mudou, a partir de 2013 vai haver novos motores.", declarou mais uma vez no final da semana passada.
Os motores de 4 cilindros 1.6 litros, limitados a 12,000 rpm, e equipados com unidades de recuperação de energia (KERS), foram aprovados por unanimidade no passado mês de dezembro na reunião da FIA em Paris, e mais recentemente está a ser usado pelo presidente da Ferrari, Luca de Montezemolo, e por Bernie Ecclestone, como armas de arremesso contra a FIA, para defender os seus interesses. No caso do anãozinho tenebroso, tem a ver com a luta pelo controle do "bolo" das receitas, do qual Ecclestone controla metade dele, contra os restantes 50 por cento, controlados pelas doze equipas do pelotão da Formula 1, e do qual eles quererão uma fatia maior. Fala-se que querem aumentar isso para 80 por cento e querem ver isso implementado no próximo Acordo da Concórdia, que está a ser negociado e entrará em vigor em 2013.
"Tudo pode mudar neste mundo, e não só no pequeno mundo da Formula 1. Há muita coisa a suceder, coisas dramáticas mas de momento não há razões para reconsiderar essa decisão.", concluiu, demonstrando alguma abertura para este caso. E há razões para acreditar nisso.
Outra das medidas que foi decidido por essa altura foi o regresso do efeito-solo a partir de 2013. Isso faria com que os carros tivessem uma visão mais radical do que tem na atualidade, e os aproximaria dos carros do inicio da década de 80. Contudo, a implementação da asa móvel e do KERS fez aumentar expoencialmente as ultrapassagens, o grande problema e o grande motivo de queixas por parte dos espectadores. Assim sendo, as equipas aproveitaram o final de semana turco para afirmar que não vale a pena fazer regressar o efeito-solo, por ser uma tecnologia demasiado radical e custosa para os orçamentos das equipas. "Essa proposta está em cima da mesa" afirmou o diretor técnico da Williams, Sam Michael.
"O problema é que a FIA tem padrões para o arrasto e o downforce, algo que serão dificeis de alcançar [com um carro de efeito-solo]. O design é demasiado radical enquanto que com o atual design, os engenheiros e técnicos estão a tirar muita experiência com isso." afirmou em declarações à Autosport britânica.
"Um fundo esculpido como existia nos tempos do efeito solo é algo que a Formula 1 não experimenta há muito tempo, e a maioria das equipas acha que desenvolvendo tempo e dinheiro nessa parte, afastaria a Formula 1 dos seus objetivos", concluiu. A decisão pode ser formalmente tomada hoje mesmo.
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