Uma das noticias do dia no automobilismo é basicamente... o regresso de um fantasma: Max Mosley. E tem a ver com o escândalo "BDSM" em que foi exposto pelo tablóide britânico "News of the World" em março de 2008, onde apareceu um vídeo dele no meio de uma orgia com quatro prostitutas de luxo, vestidas com uniformes nazis. Foi essa parte que caiu mal, especialmente sabendo toda a gente que ele é um dos filhos de Oswald Mosley, o mais conhecido fascista britânico.
Assim sendo, Max Mosley soube hoje que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, decidiu indeferir o caso contra o tablóide britânico, ele que tinha feito isso para restringir as atividades jornalísticas contra ele em particular, e as figuras públicas em geral, na parte de notificar antecipadamente as figuras públicas sobre noticias ou artigos danificadores de sua imagem, e possivelmente, impedir a sua publicação. Mosley já tinha ganho o caso nos tribunais britânicos, obrigando o News of The World a pagar uma indemnização de 76 mil euros, mas ele quis levar o caso mais longe... e viu essa pretensão ser-lhe recusada, quando os tribunais lhe disseram que "os meios de comunicação não têm a obrigação de advertir os indivíduos que publicarão uma informação sobre eles", delcarou o tribunal na sua nota.
Assim, o Tio Max - ou Mad Max, se preferirem - não conseguiu levar adiante na sua pretensão. E como tal decisão de Estrasburgo não é passível de recurso, agora vai ter de andar com vinte olhos para ver onde pisa. Pode ser um grande dia para a imprensa e para a democracia, mas para mim, também é mais um passo na direção para que qualquer dia os cidadãos "publicos" percam o direito a ter uma vida privada como os outros. Mas numa era "facebookiana", onde está essa fronteira? Certamente está esbatida, no mínimo.
Agora, se calhar o Tio Max terá de gastar dinheiro com a imprensa para que esta o deixe em paz...
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