(...) Em 1980, a Mclaren era uma sobra
do que tinha sido meia década antes. Dez anos depois de terem perdido o seu
criador, Bruce McLaren, a equipa tornou-se numa das maiores do campeonato,
graças a chassis como o M23, que deu títulos de pilotos a Emerson Fittipaldi,
em 1974, e a James Hunt, dois anos depois. Mas nessa altura, vivia um lento
declínio. Não venciam desde 1977, com Hunt ao volante, e os modelos a seguir,
como o M26 e o M29, foram verdadeiros fracassos, com John Watson ao volante e
um jovem “rookie” francês, de seu nome Alain Prost. Assim sendo, a Marlboro,
patrocinadora da marca, encostou Teddy Mayer à parede e lançou um ultimato: ou
aceitava fundir-se com a sua equipa de Formula 2, ou retirava o seu apoio.
Aflito, cedeu. (...)
(...) Contratado [John Barnard], ele decidiu trazer
para a Formula 1 um material compósito que já usava com êxito na CART: a fibra
de carbono. Leve e ao mesmo tempo resistente suficiente para aguentar fortes
impactos, começava a ser um material que era usado em certas partes dos carros,
mas não como um todo. Barnard pediu à americana Hercules Aerospace para que
construísse um carro adaptado a esse material, o que foi feito em relativamente
pouco tempo, graças à sua experiência na CART.
Quando foi a altura de batizar o carro, decidiu-se que iria usar a
nomenculatura de MP4, para comemorar a fusão de ambos os projetos. O que não
sabiam então era que todos os carros até aos dias de hoje teriam essa sigla. (...)
O artigo que coloco hoje no portalf1.com fala sobre um dos carros mais marcantes da História da Formula 1. é provavelmente o primeiro carro moderno, pois foi feito em fibra de carbono, um material leve e resistente, que provou vezes sem conta que era seguro, mas incrivelmente rápido, mesmo tendo um motor Cosworth, que começava a ser mais lento do que os Turbo que tinham a Renault, Ferrari e depois, Hart e BMW.
Foi desenhado por John Barnard, e era o seu primeiro projeto realmente seu na Formula 1, depois de ter ajudado no desenho do McLaren M23 e após uma passagem bem sucedida pelos Estados Unidos, onde desenhou o Chaparral 2K de efeito-solo. Iria ser também o primeiro de uma data de projetos bem sucedidos, primeiro na McLaren, depois na Ferrari e Benetton, numa carreira que durou até 1997. E também foi o chassis que fez regressar Niki Lauda da sua retirada de cena, em 1982.
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