sexta-feira, 12 de outubro de 2012

GP Memória - Japão 1997

Com duas provas para terminar o campeonato, o duelo era agora entre Jacques Villeneuve e Michael Schumacher, quando a Formula 1 chega a paragens nipónicas. Nada poderia ser decidido por aqui, mas qualquer má corrida de Schumacher, por exemplo, poderia colocar Villeneuve quase com o título de campeão, logo, o alemão tinha que ter uma vitória em Suzuka para que as suas chances de título se mantivessem vivas.

Sem alterações no pelotão da Formula 1, a qualificação mostrou equilibrio entrre Williams e Ferrari. No final, Jacques Villeneuve foi o melhor no seu Williams, tendo Michael Schumacher a seu lado. Na segunda fila estavam o segundo Ferrari de Eddie Irvine e o McLaren de Mika Hakkinen, enquanto que na terceira estavam o Benetton de Gerhard Berger e o segundo Williams de Heinz-Harald Frentzen. Jean Alesi era o sétimo, no seu Benetton-Renault, seguido pelo Sauber de Johnny Herbert. A fechar o "top ten" ficaram o Jordan de Giancarlo Fisichella e o Prost de Olivier Panis.

A qualificação ficou marcado pelo acidente de Gianni Morbidelli, que tinha sofrido um forte acidente e o italiano não pôde alinhar para a corrida. Isto iria ser a sua última da carreira na Formula 1, depois de 70 Grandes Prémios e 8,5 pontos, ao longo de seis temporadas. 

Entre a qualificação e a corrida, tinha surgido uma polémica sobre o facto de Villeneuve não ter abrandado numa zona de bandeiras amarelas após um despiste do Tyrrell de Jos Verstappen, e que iriam excluir o seu carro. A Williams apelou da decisão e foi acedida, permitindo que o canadiano largasse da pole-position, mas o seu resultado iria ser escrutinado depois da corrida no Tribunal de Apelo da FIA.

A corrida começou com Villeneuve na frente de Schumacher, com Hakkinen e Irvine atrás, com o irlandês a pagar por uma má largada. Mas Irvine reagiu, passando o finlandês e o alemão numa só jogada, ficando com o segundo lugar. Logo a seguir, Irvine ataca Villeneuve, que estava no comando, e no final da segunda volta, estava no comando.

Nas voltas seguintes, Irvine ganha uma distância para a concorrência, enquanto que Villeneuve decide monitorizar Schumacher. Nas paragens, Villeneuve volta ao comando, mas por pouco tempo, pois quando vai às boxes, Irvine mantêm-se no comando, apenas para ceder a Schumacher. A partir dali, o irlandês tornou-se num bloqueador para Villeneuve, e na segunda paragem para troca de pneus, as ocisas correram mal para Villeneuve, que perde algum tempo devido à mangueira do seu reabastecedor, caindo para o sétimo lugar, deixando Schumacher bem mais à vontade.

Com isto tudo, Frentzen chegou ao segundo lugar, mas não conseguia alcançar Schumacher, e este ia a caminho de uma vitória que parecia inevitável.


E assim foi: Schumacher venceu a corrida, seguido por Frentzen e Irvine. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o McLaren de Mika Hakkinen, o Williams de Jacques Villeneuve e o Benetton de Jean Alesi. Mas poucos dias depois, em Paris, a FIA decidira confirmar a desclassificação de Villeneuve devido ao facto de ter ignorado as bandeiras amarelas não só nesta corrida, como nas anteriores. Assim, Alesi ficou com o quinto lugar e o sexto posto ficou nas mãos de Johnny Herbert. 

E tudo iria ser decidido em Jerez, a última prova do ano. Mas em relação aos Construtores, o título  já pertencia à Williams, graças aos pontos de Frentzen.

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