segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A foto do dia

Jenson Button faz hoje 35 anos e este ano entra na sua 16ª temporada na Formula 1. É incrível pensar que ele entrou na Formula 1 no ano 2000, pela Williams, quando muitos na altura duvidavam que ele conseguisse ser capaz de guiar carros tão potentes como estes. Mal sabíamos que quinze anos depois teríamos um piloto de 17 anos no pelotão da categoria máxima do automobilismo...

Fazendo um exercício engraçado sobre esse assunto, poderemos dizer que Button correu ao lado do pai e do filho Verstappen, Jos e Max. Correu com Michael Schumacher, Mika Hakkinen, Juan Pablo Montoya, David Coulthard e Rubens Barrichello, todos nos auges das suas carreiras, teve Fernando Alonso como piloto de testes da equipa onde estava, então a Benetton, e acolheu todo o pelotão da Formula 1, mesmo os que são tão veteranos como ele.

Durante muito tempo, era visto como uma esperança. Os ingleses esperavam vê-lo ser um "Nigel Mansell", e temeram que fosse um "Derek Warwick", à medida em que os anos passavam e não chegavam as prometidas vitórias, mesmo quando estava na BAR. E então, em 2006, numa certa tarde húngara, as coisas aconteceram, e ele se tornou num vencedor.

Mas teve de esperar até 2009 para ser reconhecido como tal. Com aquele Brawn GP, feito às pressas após a saída da Honda (e com uma interpretação diferente dos regulamentos, dizem as más-linguas), conseguindo a tal "vantagem injusta" que lhe deu vitórias nas primeiras sete corridas, e o impulso necessário para vencer o campeonato a uma corrida do fim, no Brasil. Comemorou fortemente com a namorada e o seu pai John, provavelmente no momento em que mais sonhou em toda a sua vida. E no mesmo lugar onde, um ano antes, largou o seu Honda em chamas e ouviu "Papa John" a dizer "deixa-o arder!"

Hoje em dia, têm um novo desafio: mostrar que ainda é útil num pelotão cada vez mais jovem, cada vez mais precoce. Onde viu pilotos de 21 anos a serem considerados como inúteis, onde a profissão, que antes era de desgaste rápido, ser ainda mais desgastante. Não sabemos o que é que teve de fazer para ficar por lá, na McLaren que acolherá de novo Fernando Alonso. E não sabemos bem o que será esta McLaren de motor Honda, do qual existem muitas expectativas. Espera-se que seja excelente, mas também poderá ser uma bomba, como foi a equipa japonesa durante o tempo em que foi equipa completa. 

Mas para este veterano, que abriu o ano com o casamento com a sua namorada de longa data, este ano terá de provar que a sua presença é necessária e porque é que Ron Dennis decidiu escolher a veterania em detrimento da juventude de Kevin Magnussen, por exemplo. Terá de demonstrar, como demonstrou em todos estes anos que é um bom piloto e que têm a rapidez e a cabeça certas para prolongar a sua carreira e sair pelo seu próprio pé, que se calhar é isso que mais deseja, neste momento. Mas não sem antes ajudar a Honda a alcançar o sucesso.

Até lá, desejamos um feliz aniversário a Jenson Button.

1 comentário:

Anónimo disse...

Jenson Button, um grande cara!

Ainda subestimado por muitos, mas vejo entre os melhores da atualidade.

Ótimo texto!

Abraço!