Normalmente, os piores pilotos do pelotão estão condenados ao esquecimento. Claro que há excepções, como o Taki Inoue ou o Yuji Ide. Mas mesmo eles foram bons nalguma altura, nem que fosse nos karts. Ou então, tinham uma mala bem cheia de dinheiro para compensar a falta de talento. Mas neste caso em particular, a recompensa por ser a pior piloto do pelotão só pode ser... por ser mulher.
Pois é: a catalã Carmen Jordá é a partir de agora "piloto de desenvolvimento" da Lotus, anunciou hoje a marca. Aos 26 anos de idade, a piloto esteve nas últimas três temporadas na GP3, onde nunca se qualificou acima da 22ª posição, e tem como melhor resultado de corrida um 13º lugar, vai ter a oportunidade de andar num carro de Formula 1.
"É um sonho tornado realidade ao me juntar à Lotus. Corro desde que eu tenho dez anos de idade, pelo que tenho o sonho de dirigir um carro de Fórmula 1 desde que eu era muito jovem. Ao juntar-me à Lotus é um grande passo para minha meta", começou por dizer.
"Eu vou estar trabalhando para melhorar a mim mesmo como piloto, bem como vou ajudar a equipa a desenvolver o carro, testando novos desenvolvimentos no simulador. É uma oportunidade tão fantástica que eu sei que isso é apenas o começo, e que o maior desafio ainda está por vir, mas já ser parte de uma equipa com história é uma verdadeira honra", continuou.
"Esta é uma grande conquista, mas uma oportunidade ainda maior que levará a coisas maiores e melhores", concluiu.
Ao ver a sua carreira, podemos ver que Jordá já andou em muitos sitios. Esteve na Indy Lights em 2010, onde o melhor que conseguiu foi um décimo lugar em Long Beach, e antes na Formula 3 espanhola, onde em 2007 foi a quarta classificada na classe Copa F300, com três pódios. E para dizer a verdade, nunca venceu qualquer corrida em monolugares.
Em suma, se formos ver bem, é uma carinha laroca. Mas não é por ser mulher que não dou credibilidade como piloto. Existem mulheres-piloto bem melhores do que ela, como a suiça Simona de Silvestro, a italiana Victoria Piria, a inglesa Alice Powell, a colombiana Tatiana Calderon ou a holandesa Beitske Visser. Acho que todas elas eram capazes de bater Jordá numa corrida com carros iguais, e acho que qualquer uma delas ficaria bem melhor no carro da Lotus como piloto de desenvolvimento e ter uma chance de pilotar este carro num treino livre de Grande Prémio.
E escolher "carinhas larocas" não ajudam à promoção das mulheres no automobilismo, bem pelo contrário. Até fico com a impressão de que a marca precisa do dinheiro que provavelmente trouxe com ela, ou que precisa de uma "pit-girl" que sabe guiar. E a Formula 1 não precisa disto para se promover. Mas como a Lotus precisa do dinheiro e de publicidade, ter a Carmen Jordá até pode ser um chamariz. Resta saber se ela sabe disso.
4 comentários:
A Susan Wolf nunca ganhou nada também e está numa equipe de ponta ... Então o critério é mesmo a beleza.
Susie Wolf está na categoria mais por ser filha de Toto Wolff e pela sua superlicensa dada pela FIA do que por ser bonita
Na realidade, John, a Susie é a mulher do Toto Wolff. Podes ver os resultados dela no DTM quando foi Susie Stoddart.
Paulo.
Eu me ligei nisso logo depois de postar o comentário mas como tinha de passar pelo moderador não pude excluir o comentário para depois refazê-lo de maneira correta.
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