As aparências iludem. Não é o Eric Comas, é mesmo Alain Prost a bordo de um Ligier no final de 1991, inicio de 1992. Prost pediu o capacete do seu compatriota emprestado para tentar confundir os fotógrafos, mas aquele nariz não se poderia disfarçar, e cedo se viu que o (então) tricampeão francês andava a ver como estava aquele Ligier-Lamborghini e decidir se tentaria a sua sorte ou se o melhor não seria fazer uma temporada sabática.
Sobre isto, falei há uns seis anos, mas desde então sei de mais alguns pormenores. Como sabem, Prost foi despedido no final da temporada de 1991 da Ferrari por ter dito que o carro era "um camião". Na realidade, para a Scuderia, era mais um pretexto para se livrarem de uma personalidade incómoda que era ele.
Prost tinha sempre o sonho de ter a sua própria equipa, e a Ligier parecia ser a equipa ideal para isso. Um bom francês como era Prost, a ideia de uma "écurie bleue" era bem sedutora, especialmente quando agora a marca de Vichy tinha os motores Renault V10, os tais que brilhavam nos Williams desenhados por Adrian Newey.
Prost treinou em Paul Ricard nesse inverno, primeiro com o capacete de Eric Comas, para confundir os fotógrafos, depois com o seu verdadeiro capacete. Foi ver como eram os motores nesses chassis e ver se poderia ter alguma competividade com eles. Como na altura, a Ligier não pontuava desde o GP de França de 1989 (!) com Olivier Grouillard, as chances de falhar eram bem grandes.
Depois de alguma reflexão, Prost decidiu que uma temporada sabática não ficaria nada mal de todo. Seria comentarista na TF1, mas pouco tempo depois, em abril de 1992, a Williams chegava a um acordo com ele, para ser piloto na temporada de 1993. Este ficaria secreto por alguns meses, pois sabia-se que as coisas iriam ser delicadas. E como foram: afinal de contas, Nigel Mansell foi para os Estados Unidos por causa disso, e Ayrton Senna pensou na mesma ideia só para poder andar nesses carros estratosféricos...
Quanto à Ligier, ele acabou por comprar em 1996, e batizou-a com o seu nome. Durou cinco temporadas.
Prost tinha sempre o sonho de ter a sua própria equipa, e a Ligier parecia ser a equipa ideal para isso. Um bom francês como era Prost, a ideia de uma "écurie bleue" era bem sedutora, especialmente quando agora a marca de Vichy tinha os motores Renault V10, os tais que brilhavam nos Williams desenhados por Adrian Newey.
Prost treinou em Paul Ricard nesse inverno, primeiro com o capacete de Eric Comas, para confundir os fotógrafos, depois com o seu verdadeiro capacete. Foi ver como eram os motores nesses chassis e ver se poderia ter alguma competividade com eles. Como na altura, a Ligier não pontuava desde o GP de França de 1989 (!) com Olivier Grouillard, as chances de falhar eram bem grandes.
Depois de alguma reflexão, Prost decidiu que uma temporada sabática não ficaria nada mal de todo. Seria comentarista na TF1, mas pouco tempo depois, em abril de 1992, a Williams chegava a um acordo com ele, para ser piloto na temporada de 1993. Este ficaria secreto por alguns meses, pois sabia-se que as coisas iriam ser delicadas. E como foram: afinal de contas, Nigel Mansell foi para os Estados Unidos por causa disso, e Ayrton Senna pensou na mesma ideia só para poder andar nesses carros estratosféricos...
Quanto à Ligier, ele acabou por comprar em 1996, e batizou-a com o seu nome. Durou cinco temporadas.
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