Por muitos anos que passem, nunca se vai esquecer do dia da morte de Jim Clark, em Hockenheim, em 1968. As ondas de choque foram enormes, e durante meses, o dia 7 era temido pelos pilotos, por causa do que aconteceu com Mike Spence (maio), Ludovico Scarfiotti (junho) e Jo Schlesser (julho): todos morreram num dia 7.
E o mais doido é que o dia 7 de agosto era o dia do GP da Alemanha, que aconteceu naquele Nordschleife com nevoeiro e chuva, talvez a corrida mais difícil de ser feita na história da Formula 1. Jackie Stewart conta que quando saiu do carro, a primeira pergunta que fez a Ken Tyrrell foi se alguém tinha morrido ou sofrido algum acidente grave. Tyrrell respondeu que todos tinham sobrevivido sem incidentes. A arrepiante coincidência tinha acabado.
Mas o choque da morte de Clark foi tal que todos se sentiram vulneráveis. Chris Amon disse-o: "Se isto pode acontecer a ele, pode acontecer com qualquer um. Muitos de nós achávamos inantingíveis e isso acabou ali". E Colin Chapman pesou seriamente em abandonar o automobilismo depois de perder o seu melhor piloto e também o seu melhor amigo.
Aquele 7 de abril de 1968 marcou toda uma geração de automobilistas. Tal como uma geração mais tarde, marcou o 1º de maio de 1994.
1 comentário:
A morte de Jim Clark foi um choque monumental. O melhor piloto morrendo, expunha a vulnerabilidade dos outros. Infelizmente em um evento desnecessário, como aquele treino para uma corrida de F 2.
Vinte e seis anos depois viria o fim de semana que superaria negativamente, aquele de 1968, com a morte de dois pilotos, um deles um gênio, como Jim Clark.
Enviar um comentário