Seis meses se passam hoje desde que Jules Bianchi teve o seu acidente em Suzuka. Nesses seis meses, onde do outono se fez inverno e agora se transformou em primavera, o piloto francês nunca se despertou para a realidade, desde o momento em que perdeu o controle do seu Marussia e chocou diretamente contra um trator que rebocava o Sauber de Adrian Sutil.
Nestes seis meses, pensamos, mas não falamos muito sobre Bianchi. Há uma espécie de suspensão do tempo, da vida. Aliás, é uma vida suspensa a que Bianchi vive, numa espécie de linbo onde não está vivo, mas não está morto. Aguardamos, não sem alguma angustia, pelo desfecho desta situação. Queremos o melhor, esperamos o pior, mas não vemos o final da viagem. Poderemos pensar como uma morte ao retardador, se quisermos. Mas não queremos.
Nesse tempo, a sua equipa caiu e está a levantar-se. Ele já saiu do Japão e já está na sua Nice natal, sendo tratado pelos melhores clinicos, num estabelecimento hospitalar, tentando que ele esteja o mais confortável possivel. Mas ele nunca mais acorda para a vida, não dá qualquer sinal de que podemos esperar por vida e redenção. E é isso que nos preocupa.
Mas como a esperança é a última a morrer, não queremos que nos deixe. E pedimos para que ele continue a lutar o mais que puder, enquanto rezamos por um milagre.
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