Há uns dias, na apresentação dos Porsche nos testes colectivos em Paul Ricard, os três carros da marca apareciam em três cores diferentes: preto, branco e vermelho. Não só representavam as cores da antiga bandeira imperial, do Kaiser, mas também representaria algo mais recente na história do automobilismo: a primeira vitória da Porsche em La Sarthe, graças ao esforço da Porsche Salzburg, na... Áustria.
Os pilotos que conseguiram aquele feito foi o veterano alemão Hans Hermann e o britânico Richard Attwood. Attwood, ou "Dickie", não teve uma grande carreira na Formula 1 - onze pontos entre 1965 e 69, em carros como BRM, Cooper e Lotus - mas houve duas corridas onde se destacou, e ambas no Mónaco. No primeiro momento, em 1968, foi o homem da corrida, onde apesar de não ter conseguido apanhar Graham Hill, terminou no segundo lugar, e fazendo pelo meio a volta mais rápida. Acabou por ficar no resto desse ano para substituir Mike Spence, morto num acidente em Indianápolis quando tentava marcar um tempo com o Lotus 56.
No ano seguinte estava de novo no Mónaco, como subsitituto de Jochen Rindt após o seu acidente em Montjuich. Adaptou-se bem ao modelo 49, mas o fim de semana tinha sido conturbado, com a CSI - antecessora da FIA - ter decidido abolir as asas móveis, obrigando-os a tirar dos carros. No final, decidiu-se que as asas ficariam, mas passariam de monstros com mais de um metro de altura para asas fixas ao carro.
Depois de Le Mans, ambos decidiram fazer a mesma coisa: abandonar o automobilismo. Se Hermann tomou logo de imediato, Attwood fê-lo no final dessa temporada, depois de ajudar a Porsche a vencer o campeonato de construtores, ao lado de Pedro Rodriguez. Ainda voltou a Le Mans 14 anos depois, no meio dos Grupo C, no projeto da Aston Martin, mas a aventura durou pouco e ele, aos 44 anos, voltou à calma da retirada.
Attwood foi depois um dos pilotos que participou nas filmagens de Le Mans, com Steve McQueen. No final, comprou um dos 917 ali presentes e guardou-o, afirmando que iria ser "a sua pensão". E era verdade: trinta anos depois, colocou-o em leilão e valeu mais de um milhão de dólares.
Hoje em dia, quase 45 anos depois do feito de Le Mans, ambos estão vivos: Hermann têm 86 anos e ainda goza de vez em quando o previlégio de guiar algumas das máquinas do passado, enquanto que Attwood, que faz hoje 75 anos, também faz isso, para recordar os velhos tempos, especialmente em Goodwood. Aqueles em que não havia certeza se iriam chegar vivos ao final da corrida.
Depois de Le Mans, ambos decidiram fazer a mesma coisa: abandonar o automobilismo. Se Hermann tomou logo de imediato, Attwood fê-lo no final dessa temporada, depois de ajudar a Porsche a vencer o campeonato de construtores, ao lado de Pedro Rodriguez. Ainda voltou a Le Mans 14 anos depois, no meio dos Grupo C, no projeto da Aston Martin, mas a aventura durou pouco e ele, aos 44 anos, voltou à calma da retirada.
Attwood foi depois um dos pilotos que participou nas filmagens de Le Mans, com Steve McQueen. No final, comprou um dos 917 ali presentes e guardou-o, afirmando que iria ser "a sua pensão". E era verdade: trinta anos depois, colocou-o em leilão e valeu mais de um milhão de dólares.
Hoje em dia, quase 45 anos depois do feito de Le Mans, ambos estão vivos: Hermann têm 86 anos e ainda goza de vez em quando o previlégio de guiar algumas das máquinas do passado, enquanto que Attwood, que faz hoje 75 anos, também faz isso, para recordar os velhos tempos, especialmente em Goodwood. Aqueles em que não havia certeza se iriam chegar vivos ao final da corrida.
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