Nelson Piquet Jr, no circuito de Long Beach, a comemorar a sua primeira vitória na Formula E, 35 anos depois do seu pai ter comemorado no mesmo local a sua primeira vitória na Formula 1. O circuito americano já se tornou num classico do automobilismo, cumprindo o papel de ser o "Mónaco da California" quando Chris Pook o criou, em 1975. Ali, recebeu a Formula 1, a CART, a IndyCar, a Formula 5000, a IMSA e agora, a Formula E.
A corrida de 2015 tem muitas parecências com a de 1980. Piquet sénior dominou de ponta a ponta, como agora fez o seu filho, e o terceiro classificado de 1980 também era brasileiro. Era Emerson Fittipaldi, que vindo do último lugar da grelha, conseguia o seu último pódio da sua carreira ao volante do seu próprio carro. Aqui, neste sábado noturno, acabou por ser Lucas di Grassi quem subiu ao lugar mais baixo do pódio.
E nesta competição onde ainda ninguém repetiu a vitória, em seis corridas, a luta pela vitória do campeonato têm envolvidos dois brasileiros. Piquet e Di Grassi têm agora um ponto de diferença entre eles - 75 contra 74 - e estão ali porque são mais regulares do que a concorrência. Di Grassi subiu pela quarta vez ao pódio, enquanto que Piquet têm já três.
Agora, eles se dirigem para a Europa, para uma série frenética de quatro corridas em pouco mais de dois meses, a começar no Mónaco. Ambos aproveitaram o mau momento de Nicolas Prost e o quarto posto de Sebastien Buemi para se distanciar de ambos estes pilotos, mas tudo poderá acontecer a partir do Mónaco, para depois passarem por Berlim. Moscovo e a jornada dupla de Londres, a 27 e 28 de junho.
Mas hoje, o feito de Nelsinho fez recordar tempos idos. Não creio que isso seja a redenção de momentos mais embaraçosos, mas de uma certa forma, é mais um passo em termos de redenção. E curiosamente, aconteceu quando a equipa mudou de pintura no seu carro...
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