Teo Fabi nas ruas do Principado do Mónaco, no fim de semana do Grande Prémio, em 1985. Nesta foto de Paul-Henri Cahier, mostrava-se o resultado de uma compra por parte de uma equipa e a transição da Toleman para a Benetton, num negócio que resultou à custa de outra equipa e do seu contrato de pneus.
Ted Toleman estava na Formula 1 desde 1981, e o seu grande ano tinha sido o de 1984, quando com Ayrton Senna ao volante, conseguiu três pódios e uma volta mais rápida. Mas pelo meio, tinha-se incompatibilizado com a Pirelli e virou-se para a Michelin. Contudo, no final desse ano, a marca francesa iria embora, deixando apenas Pirelli e Goodyear no pelotão. Incompatibilizado com ambas as marcas e sem conseguir atrair a Avon, a Toleman ficou sem correr nas três primeiras corridas do ano. Contudo, o fim da Spirit fez com que ficassem com o contrato de pneus da marca, que tinha assinado com... a Pirelli.
Ao mesmo tempo, Toleman recebia a oferta de compra da Benetton. Patrocinadores desde 1983, primeiro na Tyrrell e depois na Alfa Romeo, a Benetton achava que ter uma equipa de Formula 1 seria a plataforma ideal para divulgar e expandir o negócio, mais para além de ser mero patrocinador. O negócio foi veloz, e cedo encontraram um piloto disponível na figura de Teo Fabi, sem lugar após a sua passagem pela Brabham.
Fabi não demorou a adaptar-se, conseguindo o 12º tempo, numa grelha onde a organização só autorizava vinte carros. A equipa só mudaria de nome na temporada seguinte, mas ficavam com o motor Hart Turbo e a meio do ano Fabi teria um novo companheiro de equipa, na figura do seu compatriota Piercarlo Ghinzani. Mas foi ali, ha 30 anos, que começava a aventura da Benetton, que duraria 16 anos na Formula 1 e dois títulos mundiais. E se quiserem ver as coisas desta maneira, isto é o "bisavô" da Lotus.
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