sexta-feira, 22 de maio de 2015

GP Memória - Mónaco 2005

Duas semanas após a corrida em Barcelona, máquinas e pilotos estavam a caminho do Mónaco, palco da sexta prova do campeonato do mundo de 2005. E as coisas por ali iriam ter uma atmosfera mais sombria, pois no inicio desse mês, o principe Rainier III tinha morrido e o principado ainda estava mergulhado no luto. Mas isso não iria impedir a realização da corrida, que teria um pelotão reduzido a 18 carros, devido à exclusão da BAR pela segunda corrida consecutiva, após a polémica dos carros abaixo do peso em Imola.

No "paddock", as boxes e os carros da Red Bull estavam diferentes: os mecânicos eram "stormtroopers" e havia um Darth Vader a pairar por ali: os carros estavam decoarados com o terceiro filme da saga do Star Wars, "A Vingança da Sith", onde Anakin Skywalker virava Darth Vader, e o chassis estava decorado para a ocasião.

Na qualificação, o melhor (ainda em duas mãos) foi o McLaren de Kimi Raikkonen, que tinha o Renault de Fernando Alonso a seu lado. Na segunda fila estavam o Williams de Mark Webber, seguido pelo segundo Renault de Giancarlo Fisichella. Jarno Trulli, no seu Toyota, estava na terceira fila, na companhia do segundo Williams de Nick Heidfeld. O Red Bull de David Coulthard, era o sétimo, enquanto que Michael Schumacher era o oitavo, no seu Ferrari. A fechar o "top ten" estavam o Sauber de Jacques Villeneuve e o segundo Ferrari de Rubens Barrichello.

A corrida começou com Kimi Raikkonen a conseguir ficar na frente de Fernando Alonso, Giancarlo Fisichella, Jarno Trulli e Mark Webber, e distanciou-se com o passar das voltas. No final da vigésima volta, o avanço para Alonso já era superior a cinco segundos, e ficou assim até à volta 23, quando o Minardi de Cristijan Albers perdeu o controle e bateu no muro, mesmo na frente do Red Bull de David Coulthard. o escocês parou a tempo, mas não Michael Schumacher, que bateu forte, quebrando o nariz e destruindo a suspensão traseira-direita do seu carro, forçando a abandonar. Contudo, os carros bloquearam a rua de fora a que a organização foi forçada a colocar o Safety Car em pista.

Isso foi aproveitado para que os Renault fossem imediatamente para as boxes e fazer o reabastecimento, seguido pela concorrência... menos Raikkonen. ele manteve-se na pista, conservando os pneus e poupando combustivel, dando-lhe o avanço que precisava até parar, na volta 42. Nessa altura, tinha 34 segundos de avanço sobre o segundo classificado, mais do que suficiente para conservar a liderança - com 13 segundos de avanço - quando voltou à pista.

Atrás, Alonso tentava segurar os Williams de Heidfeld e Webber, mas o alemão foi para as boxes um pouco mais cedo, para tentar suplantar Alonso quando fosse a sua vez de parar, e quando o espanhol parou, Heidfeld conseguiu passar na Nouvelle Chicane, ficando com o segundo posto. Os Williams estavam mais velozes nesse dia, mas na primeira Alonso conseguiu aguentar Webber no terceiro posto. Na segunda, porem, ele fez de modo deliberado, mas cometeu um erro logo depois, que o fez com que o australiano ficasse com o lugar mais baixo do pódio.

No final, Raikkonen cortou a meta em primeiro lugar, conseguindo a sua segunda vitória consecutiva naquela temporada, os Williams de Nick Heidfeld e Mark Webber ficaram com os restantes lugares no pódio, e seria a última vez que dois Williams ficariam no pódio nos nove anos seguintes. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Renault de Fernando Alonso, o segundo McLaren de Juan Pablo Montoya, o Toyota de Ralf Schumacher e os Ferrari de Michael Schumacher e Rubens Barrichello.