Sebastien Ogier está a abrir cada vez mais a vantagem perante a concorrência, e tudo parece indicar que, salvo um erro ou problema mecânico, o piloto francês sairá da Corsega como vencedor deste rali, e provavelmente campeão do mundo de 2016 do WRC. Após oito especiais, o piloto da Volkswagen tem uma vantagem de 48 segundos sobre Thierry Neuville, num dia marcado pela desistência de Kris Meeke, que partiu uma roda e só voltará no modo "rally2".
Com quatro especiais a serem cumpridos neste sábado - as duplas passagens por La Porta - Valle di Rostino e Novella - Pietralba - o dia começou com Kris Meeke a ser o vencedor, tentando recuperar o tempo perdido pelo furo que tinha sofrido no dia anterior. Meeke ganhou com 17 segundos de vantagem sobre Andreas Mikkelsen e 17,3 segundos sobre Sebastien Ogier.
“Pensava realmente que ia fazer um mau tempo. Tudo na minha mente está focado em 2017. E esta marca faz-me sentir bem”, disse Meeke no final da classificativa.
Thierry Neuville foi apenas sexto, a 25,9 segundos do vencedor, e a diferença para Ogier tinha-se alargado para 52,6 segundos e começava a ser assediado por Mikkelsen. Quanto a Meeke, graças a este tempo, tinha subido ao oitavo posto e estava ao alcance de Eric Camili, que era o sétimo classificado e nesta altura o melhor dos Ford.
Contudo, na sexta especial, a primeira passagem por Novella - Pietralba, houve drama. Neuville embate contra uma árvore e danifica uma roda, terminando ali o seu rali. Depois, explicou: “Basicamente estava a acelerar quando devia estar a travar”, justificou.
Logo a seguir, afirmou que foi por causa de uma nota errada que resultou no choque e consequente dano na roda dianteira direita.
Ali, Ogier e Mikkelsen empataram em termos de melhor tempo, com Thierry Neuville a ser o terceiro, a um segundo e Dani Sordo o quarto, a 3,9 segundos. Por essa altura, Ogier liderava com 53,9 segundos sobre Neuville.
Na parte da tarde, Ogier voltava a vencer na segunda passagem pela especial de La Porta - Valle di Rostino, com um avanço de 5,9 segundos sobre Thierry Neuville, enquanto que Anders Mikkelsen fez o terceiro melhor tempo, a 11,3 segundos. Nessa altura, Ogier tem quase um minuto de avanço sobre o belga da Hyundai, mas Mikkelsen tinha pouco mais de onze segundos de atraso para ele, logo, tinha de ser mais veloz.
E foi o que fez: Neuville foi o vencedor na última especial do dia, conseguindo uma vantagem de dois segundos sobre Dani Sordo, o seu companheiro de equipa, enquanto que Sebastien Ogier tinha feito apenas o sexto melhor tempo, a treze segundos.
E tudo isto quando o próprio piloto belga admitiu que se assustou no inicio: “Saí de estrada no início e bati em algumas pedras. Fiquei com uma vibração mas depois desapareceu. Procurei forçar o andamento e sei que sou bom nestas condições”, disse.
“Queria apenas fechar o dia nestas condições difíceis. Viemos realmente sem forçar o andamento”, disse Ogier, que depois afirmou que cruzou compostos macios e duros para ver se tinha o máximo de aderência possivel.
No final do dia, Neuville tinha uma desvantagem de 46 segundos sobre Ogier e é o único que está com menos de um minuto, já que Anders Mikkelsen é terceiro, a um minuto a oito segundos, enquanto que Jari-Matti Latvala é quarto, a uns distantes um minuto e 41 segundos sobre Ogier. Craig Breen é agora o melhor dos Citroen, a dois minutos e quatro segundos, enquanto que Hayden Paddon é o sexto, a dois minutos e 42 segundos. Dani Sordo é o sétimo, a três minutos e três segundos, mais de um minuto adiante de Eric Camili, o oitavo classificado.
A fechar o top ten estão Mads Ostberg e Elfyn Evans, o melhor dos WRC2, este a cinco minutos e 47 segundos.
A Volta à Corsega termina amanhã, com a realização de mais duas etapas de classificação.
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