Se ontem à noite se pensava que Alexey Lukyanuk tinha o rali controlado, as coisas hoje mudaram bastante. Um despiste na 12ª especial estragou os planos de vitória para o piloto russo e quem aproveitou isso foram os locais. Bruno Magalhães e Ricardo Moura lutaram palmo a palmo pela vitória no rali e o melhor foi Magalhães, que conseguiu bater o seu adversário, o alemão Marijan Griebel por um minuto e 34 segundos, depois de aproveitar a desistência de Ricardo Moura, a duas classificativas do fim, vitima de problemas de motor.
No final do dia anterior, o piloto russo tinha quase 28 segundos de vantagem sobre Bruno Magalhães, que tinha conseguido superar Ricardo Moura por pouco nas classificativas desse dia, especialmente na segunda passagem por Sete Cidades. Bastava a Lukyanuk controlar o avanço e esperar não ter azares... ou que isso calhasse a outros. O dia começou bem, vencendo a especial de Graminhais, e conseguindo 9,3 segundos de vantagem sobre Bruno Magalhães. Outro russo, Nikolay Gryazin, era o terceiro, a 12,3 segundos, com Ricardo Moura a ser o quinto, a 16,6 segundos.
A seguir, na primeira passagem por Tronqueira, o alemão Marijan Griebel conseguiu levar a melhor no seu Skoda, conseguindo uma vantagem de 4,5 segundos sobre Ricardo Moura, o segundo classificado. Mas a grande novidade nessa especial foi o despiste de Lukyanuk, perdendo quase nove minutos e meio para os líderes e deitando fora as suas chances de vitória. Quem também perdeu muito tempo foi o outro russo, Nikolay Gryazin, que perdeu quase três minutos e 40 segundos e caiu para o sexto posto.
E assim, a liderança caía ao colo de Bruno Magalhães, que no seu Skoda Fabia R5, estava a 9,3 segundos de Ricardo Moura, o local, que estava na luta para renovar o título nesse rali.
A manhã acabava com Kajetan Kajetanowicz - que voltara ao rali depois de desistir no primeiro dia - a vencer a especial do Grupo Marques, com um avanço de 1,5 segundos sobre Ralfs Simracis, enquanto que Magalhães era o sexto, a 2,3 segundos. Miguel Barbosa era o melhor português nessa especial, a 1,7 segundos do vencedor, enquanto que Ricardo Moura era o sétimo, a 2,6 segundos.
Pela parte da tarde, o duelo era entre portugueses: Magalhães tinha de aguentar as investidas de Moura, se queria vencer este rali, pois ambos tinham agora 9,6 segundos de diferença. Kajetanowicz vencera na segunda passagem por Vila Franca - São Brás, com 1,7 segundos de avanço sobre Bruno Magalhães, mas nessa especial, Moura parava devido a problemas mecânicos, praticamente dando a vitória ao piloto da Skoda. E claro, perante a desilusão da numerosa claque de apoio ao piloto açoriano.
A partir dali, cabia a Bruno Magalhães levar o carro até ao fim. Kajetanowicz venceu na segunda passagem por Graminhais, com Magalhães a ser segundo, a 6.0, e Grayzin a 14,2. E na Tronqueira, Magalhães deu o seu melhor e vencia a especial - e o rali, dando 6,9 segundos a Kajetanowicz.
No final, depois de Magalhães e Griebel, o irlandês Josh Moffet ficou com o lugar mais baixo do pódio, a quatro minutos e 50 segundos do vencedor. O espanhol Lopez foi o quarto no seu Peugeot, a seis minutos e cinco segundos, não muito longe do russo Gryazin, o sexto. Pedro Meireles foi o sexto, e o segundo melhor português, conseguindo pontos importantes para o campeonato, a sete minutos e 29 segundos, pouco mais de quatro segundos do letão Ralfs Simracis. João Barros foi o oitavo, a nove minutos e seis segundos do vencedor, e a fechar o "top ten" ficaram Carlos Vieira e o açoriano Luis Rêgo.
E no rescaldo, Magalhães era um homem feliz, depois de meio ano complicado, após a suspensão por causa do Rali da Madeira.
“Foi a minha melhor vitória de sempre, não conhecia o carro, a equipa, não corrida há ano e meio em terra o único rali que fiz no último ano foi em asfalto", começou por dizer.
"Carro, equipa, co-piloto, pneus, tudo foi perfeito, todas as vitórias têm gosto, mas esta é especial, noutros anos em que cá estive nunca tive condições para lutar na frente, finalmente tive um carro 100 por cento fiável, um carro com muita qualidade e quando temos carros bons é muito mais fácil mostrar o nosso valor. Quanto à prova, mostrei também saber gerir, porque este é um rali mesmo muito difícil e quando tivemos o pássaro na mão não o deixámos fugir", continuou.
"Foi uma prova difícil, mas também foi um grande rali. Este é sempre um rali muito complicado, acontecem sempre muitas coisas, mas não cometi um único erro. Agora, para o ano é tentar arranjar dinheiro para ver se consigo vir. De resto, ganhámos para o Nacional, estou na frente do ERC e agora vamos para casa…”, disse, em jeito de conclusão.
E no rescaldo, Magalhães era um homem feliz, depois de meio ano complicado, após a suspensão por causa do Rali da Madeira.
“Foi a minha melhor vitória de sempre, não conhecia o carro, a equipa, não corrida há ano e meio em terra o único rali que fiz no último ano foi em asfalto", começou por dizer.
"Carro, equipa, co-piloto, pneus, tudo foi perfeito, todas as vitórias têm gosto, mas esta é especial, noutros anos em que cá estive nunca tive condições para lutar na frente, finalmente tive um carro 100 por cento fiável, um carro com muita qualidade e quando temos carros bons é muito mais fácil mostrar o nosso valor. Quanto à prova, mostrei também saber gerir, porque este é um rali mesmo muito difícil e quando tivemos o pássaro na mão não o deixámos fugir", continuou.
"Foi uma prova difícil, mas também foi um grande rali. Este é sempre um rali muito complicado, acontecem sempre muitas coisas, mas não cometi um único erro. Agora, para o ano é tentar arranjar dinheiro para ver se consigo vir. De resto, ganhámos para o Nacional, estou na frente do ERC e agora vamos para casa…”, disse, em jeito de conclusão.
Quanto ao Europeu, ele continua nas ilhas Canárias, entre os dias 5 e 7 de maio, enquanto que o Nacional de ralis prossegue daqui a três semanas, em Espinho.
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